sexta-feira, 27 de outubro de 2017

FELICIDADE NO TRABALHO – O QUE FAZER PARA TORNAR O AMBIENTE DE TRABALHO MAIS POSITIVO



Uma das grandes demandas das empresas hoje é que, de maneira geral, o compromisso e o engajamento de algumas pessoas no ambiente de trabalho é constantemente baixo e não existe nenhuma motivação. A apatia e falta de produtividade provêm da insatisfação, a qual, algumas vezes está ligada ao baixo nível de responsabilidade do empregado, e, outras vezes, está ligada ao descaso do empregador e à desvalorização de talentos inexplorados.


Não há nada pior para a produtividade, a realização pessoal e a satisfação no trabalho do que trabalhar em um ambiente de negatividade, desmotivação e apatia. O campo da Psicologia Positiva reconhece isso e vem explorando quais as formas de trabalhar em uma cultura organizacional podem potencialmente aumentar a produtividade e o capital humano.

A primeira dica é: contrate as pessoas certas, ou seja, aquelas que estejam intrinsecamente motivadas para estar na empresa. Encontre pessoas apaixonadas pelo trabalho, que tenham personalidades compatíveis e que acreditem na missão e nos valores da organização, mesmo que o currículo ou o nível de experiência não seja o desejado. A garra e a força de vontade podem ser mais importantes do que outros requisitos.



Incentive o crescimento de toda a equipe, fornecendo sessões constantes de treinamento para criar e estimular a proatividade, a auto eficácia, o otimismo, o entusiasmo, além de outras qualidades humanas importantes básicas e fundamentais. Aumente o envolvimento dos funcionários treinando-os para estabelecer objetivos desafiadores, mensuráveis ​​e valiosos até mesmo para suas vidas, aprendendo a aplicar estratégias para atingir metas e superar obstáculos. Da mesma forma, proporcione oportunidades para que eles possam descobrir e utilizar seus pontos fortes e talentos. Essa é uma ótima forma de aumentar a motivação interna, e tem sido aplicada em diversas empresas por meio de intervenções que ajudam a rastrear o talento de cada pessoa, e o cargo mais compatível com esses traços.

Funcionários influenciam-se mutuamente através do desempenho e do comportamento um do outro, e por essa razão, aqueles mais motivados podem se tornar modelos para seus colegas. Desenvolver uma cultura de incentivo à positividade na construção de relacionamentos e uma rede de apoio interna, amplia o espectro de resolução de problemas entre colegas de trabalho, e cria um ambiente mais estimulante e acolhedor, proporcionando um ganho coletivo.



Cada vez mais as pessoas buscam um trabalho que seja intrinsecamente motivador e que ofereça crescimento e satisfação. Se elas se sentem apoiadas e valorizadas, estarão mais comprometidas e engajadas com a organização e se tornarão um bem continuamente maior, afinal, o crescimento da empresa está diretamente ligado ao investimento que ela faz no bem-estar e nas potencialidades dos seus funcionários.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, 
Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora do Manual de Psicologia Positiva (Ed. Qualitymark/2018)

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

CRIATIVIDADE HUMANA: A INFLUÊNCIA DAS EMOÇÕES E DO AMBIENTE



A inteligência emocional é definida como a capacidade de se conscientizar, controlar, expressar as emoções e lidar com as relações interpessoais de forma criteriosa e empática. Esta habilidade ou capacidade de inteligência emocional é importante para viver bem e também para a expressão criativa individual, já que as emoções afetam a criatividade muitas vezes mais do que fatores racionais. 

Uma característica comum em pessoas criativas, e que também está ligada à inteligência emocional, é a proatividade. Uma pessoa proativa tem uma tendência maior para a ação, para criar, mudar, buscar novas ideias e resolver problemas, assumindo a responsabilidade pessoal e tentando fazer a sua parte, ainda que haja outras pessoas que possam fazer aquela atividade ou tarefa no seu lugar. A pessoa proativa é mais perseverante e insiste mesmo diante das dificuldades, usando formas diferentes e criativas em cada nova tentativa, e se arriscando mais, ao invés de ficar com medo e presa na zona de conforto. Indivíduos proativos são mais propensos a "criar" melhores recursos de trabalho criativamente e enfrentar mais desafios em comparação com pessoas com personalidade mais passiva. 

É importante lembrar que a criatividade também está ligada ao ambiente externo. Pessoas criativas experimentam emoções profundas, são sensíveis ao meio ambiente e emocionalmente expressivas. Ambientes onde existe um clima mais cooperativo, encorajador, suporte e apoio a novas ideias, confiança, comunicação aberta e uma estrutura hierárquica com menos rigidez, estimulam muito mais a criatividade e a proatividade. Locais de trabalho estressantes ou engessados, podam o potencial criativo de funcionários, fazendo com que muitos talentos permaneçam inexplorados, o que significa o desperdício de um recurso humano precioso. 

Nossas emoções contêm informações essenciais para nos ajudar a experimentar o mundo e é nelas que está a energia que precisamos para agir de forma mais eficaz. Pessoas criativas e proativas, não tem medo do desconhecido, e não aceitam fazer as coisas “do jeito que sempre foram”, mas querem fazer sempre algo diferente do comum e daquilo que as pessoas já estão acostumadas a fazer.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, 
Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora do Manual de Psicologia Positiva (Ed. Qualitymark/2018)




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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

APRENDENDO A LIDAR COM AS EMOÇÕES HUMANAS


Conhecer e entender o mundo das emoções nem sempre é um caminho fácil. Saber gerenciar as emoções de forma inteligente e saudável também é algo que não aprendemos ao longo da nossa vida, nem com a família e nem na escola. E, por essa razão, muitas pessoas passam por sofrimentos emocionais que podem assumir dimensões muito maiores do que são na realidade. Isso acontece porque a maioria das pessoas reage a certas situações de vida, de forma exagerada, e precisam ser “ensinadas” em como criar filtros para lidar com eventos negativos, a fim de manter um estado emocional equilibrado.



Nós não podemos ter uma emoção, sem ter uma resposta a essa emoção. As emoções não estão apenas na nossa mente, mas no nosso corpo, na nossa maneira de enxergar, ouvir, falar, sentir e interpretar os acontecimentos. Elas afetam nossos músculos, nosso corpo, e nossa fisiologia de um modo geral e depois reflete no mundo externo. A maneira como as pessoas interpretam uma emoção vai direcioná-la para formas diferentes de enxergar o mundo, a ter um olhar de esperança ou de desespero, um sentimento de raiva ou de compaixão, uma reação de alegria ou de indiferença. Assim, depois que uma pessoa interpreta os fatos à sua maneira, essa interpretação pode ampliar ou reduzir a intensidade da emoção, a qual vai ser enviada para o corpo.


Emoções negativas e emoções positivas possuem diferentes impactos nas nossas ações. Quando temos emoções positivas geralmente nosso primeiro impulso é querer dividir aquilo com alguém, ou mostrar para as pessoas, ou estar com pessoas, ver o reconhecimento dos outros. Já quando temos uma emoção negativa geralmente queremos fugir, nos isolar, e nosso foco fica girando insistentemente ao redor de pensamentos negativos. Emoções negativas gritam em você, enquanto emoções positivas apenas cochicham baixinho.

Momentos ligados a emoções positivas passam rapidamente, enquanto que experiências ligadas a emoções negativas duram mais tempo, sobretudo na nossa mente. O cérebro humano, assim como o corpo, é desenhado de forma que a emoção negativa acaba sendo mais forte, até porque é uma forma de ativar os mecanismos de proteção. No entanto, são as emoções positivas que nos incentivam a socializar mais com as pessoas, fazer novas conexões e usar nossa criatividade de modo a aumentar nossa capacidade de aprendizagem.



Assim, acaba existindo uma certa “assimetria” entre emoções positivas e negativas, e por isso, as emoções negativas acabam tendo um peso e uma força maior, o que acaba nos tornando incapazes de enxergar as emoções e os eventos bons que estão ao nosso redor. Porém, se observarmos com bastante atenção, o número de eventos e experiências positivas que acontece na vida da maioria das pessoas é maior do que o número de eventos negativos. Além disso, as emoções positivas são como pequenos motores que dirigem nosso crescimento, e apesar delas serem pequenas, elas são poderosas, mas para isso, elas devem acontecer de forma muito frequente para ter um efeito mais duradouro.

Algumas das emoções positivas mais comuns no ser humano, além da alegria e diversão, são, o amor, a gratidão, a serenidade, a sabedoria, a esperança, o interesse em explorar coisas novas, além de um olhar aberto, tanto para coisas boas quanto para coisas ruins, ao invés do olhar crítico e fechado. Emoções positivas neutralizam emoções negativas e facilitam a recuperação física ou a recuperação diante de eventos frustrantes ou de estresse. No entanto, a capacidade das pessoas tornarem os eventos positivos da vida em emoções positivas é que faz a diferença, pois o positivo muitas vezes acaba passando desapercebido ou sem valorização.



Se uma pessoa vivencia qualquer tipo de experiência positiva, mesmo que seja algo simples, e, no entanto, esse acontecimento não é visto, não é valorizado, percebido e nem reconhecido, com o passar do tempo, esse tipo de experiência acaba sendo visto como algo normal, ou simplesmente neutro. Assim, do mesmo modo que o peixe não vê a água, nós começamos a ver as coisas boas como se fossem “nada”, então se você não valorizar os eventos positivos, casa vez mais esses eventos vão passar desapercebidos pela sua mente, até chegar a um ponto em que a pessoa praticamente não vai mais conseguir ver nada de bom na sua vida, um caminho que pode acabar conduzindo pessoas à depressão ou a outros transtornos do humor.

Infelizmente a maioria das pessoas não sabe lidar com as emoções de forma saudável e funcional. Nós não somos ensinados a lidar com nossas emoções e pensamentos da mesma forma que somos ensinados a exercer uma profissão ou um trabalho, e por isso, buscamos desenvolver essas habilidades de outras formas, como por meio de terapias, ou ainda por meio da psicoeducação, através de cursos ou treinamentos na área de desenvolvimento humano e psicologia, a fim de encaixar a peça fundamental que falta para melhorar a qualidade dos nossos relacionamentos, a motivação no trabalho, a saúde e o bem-estar de modo geral: a educação emocional.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, 
Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL.




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domingo, 1 de outubro de 2017

O VALOR DO AUTOCONHECIMENTO PARA A SAÚDE EMOCIONAL


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O autoconhecimento, segundo a psicologia, significa o conhecimento de um indivíduo sobre si mesmo, conhecer-se intimamente. A prática de se conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha controle sobre suas emoções, independentemente de serem positivas ou não. Envolve perceber seus pensamentos e sentimentos, como eles surgem na sua mente, e como eles influenciam seu comportamento. É uma forma da pessoa poder entender suas necessidades, desejos, motivações, crenças, pontos de vista e valores. Em suma, é saber como você pensa e se comporta e o que te faz ser dessa maneira.

A maior ferramenta para o autoconhecimento é a introspecção, um olhar que fazemos para dentro, o qual concentra uma maior atenção nos nossos pensamentos, em como eles surgem e desaparecem. Isso é melhor feito em um ambiente calmo onde você tenha tempo para olhar, perceber e compreender seus próprios pensamentos e a maneira como você se comporta. Uma vida ocupada não exclui essa possibilidade de introspecção ou autorreflexão, mas acaba tornando menos provável que você o faça.

Mas afinal, como pensam algumas pessoas: “Pra que serve o autoconhecimento?”. O autoconhecimento é importante porque ajuda você a se entender melhor. Através de uma melhor autocompreensão, você se torna mais capaz de controlar a própria vida. Você pode então fazer a vida acontecer por si próprio, em vez de simplesmente deixar a vida acontecer. O autoconhecimento também ajuda pessoas a encontrarem a resposta para uma das perguntas mais antigas que existe - "Quem sou eu?"

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Através do autoconhecimento, estamos em melhor posição para entender o mundo lá fora, bem como o mundo dentro de nós, desenvolvendo a habilidade de colocar nossa mente na interface de ambas as experiências. Os significados que colocamos nas "realidades" da vida têm um efeito maior na qualidade da nossa experiência humana do que nas "realidades". Assim, podemos mudar a qualidade de nossa vida simplesmente mudando a maneira como pensamos e vemos o mundo que nos rodeia.

Vivemos em um universo participativo onde nossos pensamentos e crenças são "coisas" muito reais que afetam de forma direta o mundo que nos rodeia. É como se o conteúdo de nossa mente interior se refletisse no mundo externo. É assim que criamos nosso próprio destino e nossa realidade todos os dias. E é a partir desse entendimento que seremos capazes de escolher sermos eternamente uma vítima passiva das circunstâncias do mundo ou, em vez disso, participarmos de forma mais ativa do nosso próprio destino. Esta é a lição oculta nos ensinamentos antigos de Hermes, em uma de suas sete leis espirituais.

Esta é a importância maior e mais valiosa do autoconhecimento para o ser humano: saber que criamos nossas próprias vidas e que somos responsáveis ​​pelo que criamos - conscientemente e de forma inconsciente. É extremamente empoderador saber que tudo o que criamos pode ser recriado, corrigido e modificado para melhor (ou para pior) por nossas atitudes, ações e comportamento. Portanto, não precisamos sempre continuar no papel de vítima dos acontecimentos, pois temos sim a capacidade de mudar nossas vidas, conforme aquilo que temos em nossas mãos, ou melhor, em nossas mentes.

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O ponto mais vantajoso do autoconhecimento para o ser humano, é que é por meio dele que podemos reconhecer nosso erro ao pensar e corrigi-lo. Desse modo, assim como corrigimos erros no nosso trabalho, também temos a chance e a oportunidade de corrigir os erros do nosso comportamento e das nossas ações. É, portanto, o significado para uma vida melhor e mais gratificante - física, emocional, mental e espiritual.

Além disso, o controle emocional provocado pelo autoconhecimento pode evitar sentimentos de baixa autoestima, inquietude, frustração, ansiedade, instabilidade emocional e outros, atuando como importante exercício de bem-estar e ocasionando resoluções produtivas e conscientes acerca de seus variados problemas.

Nesse sentido, é possível tornarmos mais felizes simplesmente mudando nós mesmos, sem precisar mudar o mundo, sem precisar mudar as pessoas, e o “jeito” das pessoas. Assim, ao invés de mudar aquilo dos outros que nos incomoda ou que nos irrita, é bem mais fácil mudar a nossa habilidade de sermos “incomodados” ou de ficarmos “irritados”, e trabalhar dentro de nossa mente formas de ser mais serenos ou criativos perante a “provocação” ou da “incompetência” alheia. Paradoxalmente, quando nós mudamos a nós mesmos, o mundo ao nosso redor também muda, como se por conta própria, naturalmente. Isso até parece um clichê, mas acreditem, acontece de verdade!

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, 
Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL.




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JOGOS DE AZAR: SERÁ QUE REALMENTE VALE A PENA LEGALIZAR?



O dinheiro na mente do jogador representa vários sonhos, entre eles o sonho da valorização dentro do círculo social, da aprovação social e do respeito. Os principais motivos que levam uma pessoa a jogar são: diversão, entretenimento, ganhar dinheiro, evitar a tristeza e fuga dos problemas diários. De início o jogo funciona como uma forma de recreação, até o dia que ele começa a perder, e começa a apostar ainda mais para reparar suas perdas, o que acaba levando-o a adquirir um sério problema: o jogo patológico. Estudos confirmam que, para cada indivíduo com o transtorno, aproximadamente quatro dentro do seu círculo social sofrem algum tipo de prejuízo em função do jogador, dentre eles os cônjuges, filhos, pais, avós, amigos, colegas de profissão e terceiros, tanto do ponto de vista jurídico, econômico como psicossocial.

A ação procurada pelo jogador significa emoção e tensão. Isso faz com que muitos jogadores passem dias sem dormir, sem comer e até mesmo sem ir ao banheiro. As estruturas cerebrais ativadas enquanto a pessoa está jogando são as mesmas que uma pequena infusão de cocaína ativaria, o que demonstra que ambos o jogo e a droga ativam as mesmas estruturas cerebrais. O jogador, quando chega perto de uma vitória no jogo, não percebe que na verdade “perdeu” o jogo, mas tem a falsa ilusão de que está “quase-ganhando”, e por isso faz novas tentativas, mesmo sabendo-se que as chances de sucesso matematicamente são pequenas.

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Psicologicamente o jogador passa a apresentar estados de animo negativos, irritabilidade, stress, ansiedade atitudes defensivas, perda da auto-estima e da autoconfiança, chegando a experimentar sentimentos de fracasso, impotência e desesperança, além de outros problemas como fobias, comportamento antissocial, depressão, uso de drogas e alcoolismo. Com relação a família, as principais consequências decorrentes do jogo são a degradação da condição financeira da família, as mentiras, indiferenças, negligência no cuidado com os filhos, a perda de confiança dentro do ambiente familiar, discussões frequentes, violência doméstica, separação e divórcio.

No âmbito profissional, o jogador tem vários prejuízos como faltas e atrasos frequentes, baixa qualidade do trabalho, baixo nível de concentração, mau humor, conflito com os colegas, perda de boas oportunidades no cargo, e perda do próprio emprego. Alguns precisam recorrer a mentiras para justificar as faltas, atrasos e as “escapadas” do serviço. Do ponto de vista legal, alguns jogadores se engajam em fraudes a companhias de empréstimos, de seguro, sonegação, furtos, comportamentos antissociais, venda de drogas, e crimes de colarinho branco.


Jogadores patológicos apresentam maior risco de desenvolver problemas com uso de drogas do que a população em geral, além do envolvimento com comportamentos sexuais de risco, com alta exposição a doenças venéreas, além das tentativas de suicídio, as quais podem alcançar um índice 5 a 10 vezes maior do que o da população em geral. Alguns jogadores recorrem à prostituição, em virtude das dificuldades financeiras, como um meio de obter dinheiro para pagar seus débitos, ou então, a financiar mais jogo, e por sua vez, a compra de drogas.

O consumo de álcool é um dos fatores que mais influencia negativamente no autocontrole, pois mesmo pequenas doses já possuem um efeito significativo, enfraquecendo ainda mais a capacidade racional e de julgamento do jogador ao jogar. A bebida pode ser usada tanto como um meio de evitar a culpa pelas perdas do jogo, como o jogo pode ser usado como uma maneira de se obter dinheiro para a compra de mais bebidas, e, ainda que o indivíduo consiga se afastar do uso do álcool, os problemas familiares, profissionais, financeiros e emocionais por si só, podem ser suficientes para fazer com que o mesmo tenha novas recaídas sobre o vício, além do fato de que geralmente bebidas estão de alguma forma presentes na mesa de jogo.
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Vários estudos que relatam que a legalização dos jogos de azar tende a aumentar os índices do problema na sociedade, pois à medida que a oferta de jogo aumenta, o número de jogadores aumenta também, em virtude da facilidade de acesso. Assim como o álcool, algumas formas de jogo são legalizadas, e isso faz com que o jogador pense que, por ser uma atividade legal, ele só a usa para recreação, além do fato de que alguns ganham boas quantias de dinheiro, trazendo presentes e dinheiro aos familiares, o que mascara os efeitos das perdas.


O custo do jogo nos EUA, é de 5 bilhões de dólares ao ano, fora os custos com desemprego, tratamento médico, psicológico, campanhas de prevenção de uso de drogas e suicídio, entre outros. Além disso, essa estimativa de prejuízo financeiro ainda não é totalmente fiel, visto que o sofrimento emocional e psicossocial não podem ser totalmente quantificados materialmente, como no caso por exemplo de suicídio, ou de um divórcio, a perda de confiança entre os cônjuges, as lágrimas, o sofrimento, o ressentimento, a vergonha, e todos os outros sentimentos que deixam profundas cicatrizes emocionais, provocando impactos não só sobre o indivíduo, mas sobre o cônjuge, pais, filhos, prejudicando e fragilizando toda a estrutura familiar.



Fonte Consultada - Livro: Jogos de Azar
Análise do Impacto Psíquico e Sociofamiliar do Jogo Patológico  a partir das Vivências do Jogador 
Autora: Sálua Omais
Ed. Juruá - 2009.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, 
Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL.




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