sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

NOVO CICLO, NOVAS ESPERANÇAS

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O encerramento do ano é um momento perfeito para fazer um balanço do que deu certo, e planejar novas metas e novos caminhos para planos futuros. É uma época em que a vontade de mudar é tão natural, que se torna importante sim retomar metas passadas que ficaram esquecidas ao longo do ano. Não tem problema se nem tudo foi tão bom assim, pois no final, tudo é importante, e não somente o que ganhamos ou conquistamos. Experiências negativas geram novos aprendizados, geram um crescimento interior e acaba nos tornando mais fortes e preparados para novos desafios futuros. Experiências positivas também devem ser celebradas, e deixadas vivas em nossa memória, para que no dia em que perdermos algo, lembrarmos que um dia também ganhamos, e esse é o fluxo normal da vida, de perdas e ganhos.

Para quem viaja nesse período, é uma oportunidade de desligar a mente e o corpo do trabalho. Para aqueles que ficam em suas casas, também existe uma oportunidade tão ou até algumas vezes melhor do que quem viaja: a oportunidade de poder organizar-se para começar o ano com tudo em ordem, proporcionando uma sensação de paz e tranquilidade para iniciar um novo ciclo, reduzindo a ansiedade, a carga de culpa, de estresse e de angústia pela falta de tempo. Tirar uma folga de nossas rotinas diárias nos ajuda a sermos re-motivados e re-inspirados com nova visão e energia. Fim do ano é um momento de inspiração, de sonhar novamente. Nossa jornada começa com um sonho, e cada um de nós tem dons, qualidades e experiências únicas que moldam o curso de nossas vidas. O que quer que você faça, dê a si mesmo um período de tempo realista para alcançar objetivos e julgue seu sucesso por meio de esforços feitos e não por resultados, de modo a não desanimar com facilidade.

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Existe uma qualidade humana extremamente importante que se torna evidente quando chega essa época e que é um fator determinante para a saúde emocional: a esperança. É a única emoção positiva que tem a chance de brotar diante de momentos difíceis da vida e está ligada a duas forças fundamentais: o otimismo e a persistência. O ser humano precisa de um motivo para partir para a ação, e, por isso, sem esses três elementos juntos, não existe motivação. Sem motivação, a vida perde o sentido, e com isso perde-se o estímulo para agir e lutar.

Nós, seres humanos, temos nossa vida guiada pelo tempo, um tempo que envolve minutos, horas, dias, semanas, meses e anos. O fim de um ano, representa o fim de um ciclo longo de lutas e esforços, que um dia, farão parte do nosso balanço de realizações alcançados ao longo da vida. Essas realizações e experiências vividas, e também vencidas, proporcionam a sensação de força e gratificação duradoura, mostrando que todo e qualquer esforço valeu a pena. Além do crescimento pessoal que adquirimos, é importante também, nesse momento, um descanso mental, uma pausa para organizar nossas vidas e nossas mentes. Organizar nosso mundo externo também nos ajuda organizar o mundo interno, daí a importância também de usar esse momento para organizar nossos ambientes pessoais e profissionais, para que então tenhamos lugares suficientes, dentro e fora de nós, para substituir aquilo que se foi, por aquilo que ainda está por vir.


Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 




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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

MUITOS FALAM, MAS POUCOS SE DISPÕEM A OUVIR



O ato de falar é um marco importante no início de nossas vidas e um dos sinais saudáveis do desenvolvimento da criança. No entanto, ouvir é uma habilidade tão importante, porém, frequentemente ignorada pela família, educadores e pessoas ao nosso redor. Somos todos ensinados a ouvir nossos pais, professores, amigos, clientes, no entanto, poucos foram ensinados a ouvir bem, durante uma conversa, com uma escuta ativa e disciplinada, onde sejamos capazes de nos colocar no lugar do outro, examinar e desafiar as informações que ouvimos, e, com isso, melhorar a qualidade da comunicação. 

Ouvir não é somente um ato voltado para agradar alguém, mas também para desenvolver, dentro de nós, novos insights e ideias que nos ajudam a crescer e alimentam o sucesso pessoal. Embora a maioria das pessoas se concentre em apresentar suas próprias opiniões e pontos de vista da forma mais eficaz possível, a atitude de apenas querer falar, e de algumas vezes, interromper o outro, acaba gerando conflitos interpessoais, mal-entendidos e insatisfação. Para se ter ideia do quanto o ato de ouvir tem sido cada vez mais difícil, já existem hoje até cursos que ensinam pessoas a ouvirem de forma atenta, ajudando-as a melhorar habilidades de escuta, de respeito, de paciência e de empatia, durante uma conversa.

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Ouvir é um ato de generosidade, de compaixão, onde mesmo que a pessoa esteja na ânsia de falar suas próprias histórias, angústias ou opiniões, ela consegue deixar momentaneamente suas necessidades pessoais de lado, usando seu tempo e atenção para ouvir as necessidades de uma outra pessoa. Bons ouvintes reconhecem que as informações daqueles que as rodeiam são importantes e por isso querem que essas pessoas saibam o quanto essas informações são únicas e valiosas. Demonstrar respeito pelas ideias das outras pessoas, aumenta a probabilidade de que os outros retribuam, nos ouvindo também. Só porque algo foi feito de determinada maneira no passado, não significa que não exista uma maneira melhor de fazê-lo, e é isso que faz com que grupos de pessoas possam construir novos conhecimentos e formas de pensar ao longo do tempo. 

Bons ouvintes procuram compreender, estando muitas vezes dispostos a desafiar suposições antigas e acalentadas, que nos fazem pensar que somos os únicos que estamos certos. Um bom ouvinte faz mais perguntas do que afirmações, afim de provocar reflexões no outro, e extrair informações importantes para ajudá-las a pensar e descobrir novas ideias, soluções e planos de ação, ao invés de somente ouvir passivamente, sem vontade ou de um modo distraído. Perguntas respeitosas e bem direcionadas ajudam o outro a organizar seus pensamentos e tomar melhores decisões.

Imagem relacionadaOuvir de forma atenta e paciente, definitivamente não é algo fácil de realizar, já que existe uma tendência universal das pessoas acreditarem que seus julgamentos e suas ideias são as melhores. É uma pena, pois ao achar que sabemos mais do que o outro, podemos estar perdendo a oportunidade de ganhar a sua confiança, e de descobrir algo diferente ou melhor do que aquilo que já sabemos.

Apesar da dificuldade em suprimir nossos próprios impulsos de falar mais do que ouvir, com paciência e prática é possível controlá-los, melhorando a qualidade da comunicação, e consequentemente, dos relacionamentos, deixando para falar aquilo que pensamos no momento certo, afim de fazer com que a conversa, ao invés de uma via de mão única, torne-se uma troca, onde cada um precisa ter a sua vez de falar e, obviamente, de ser ouvido.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

LUTO – A DIFÍCIL MISSÃO DE LIDAR COM A PERDA


 Todos nós temos que enfrentar, algumas vezes de modo até inesperado, a perda de um ente querido, em uma situação que nos leva a fazer uma série de reflexões sobre o sentido da vida. A morte é um evento de tamanha enormidade que pode tornar tudo o mais em nossas vidas insignificante. Vivemos em uma cultura que nega a morte, ou que a vê como algo que devemos evitar, e tentar esquecer. O luto nos traz um misto de emoções e sentimentos de tristeza, abandono, desamparo, aflição, e, principalmente, de angústia, no intuito de buscar explicações sobre um fenômeno que ninguém consegue explicar de forma exata. 

O luto pode ser descrito como um desejo de trazer de volta a pessoa que morreu, muita desorganização e tristeza. Ele pode ser experimentado como uma reação mental, física, social ou emocional. A dor que é sentida não é apenas pela pessoa que morreu, mas também pelos desejos e planos não realizados com aquele que se foi. Muitos se veem também envolvidos pela emoção do medo e da insegurança, o medo do futuro, de tomar decisões que até então não eram suas, de se tornar o responsável principal por uma família, tanto do ponto de vista afetivo, emocional, como financeiro. 

O processo de luto passa por diversas etapas, começando com o reconhecimento da perda até a aceitação. Cada um busca sua própria forma de lidar com a dor da perda, e isso também está ligado à forma e às circunstâncias da morte. No primeiro momento, as pessoas mais próximas podem entrar em um estado de negação, descrença, não aceitando o que aconteceu. A partir daí, surgem, além da tristeza, emoções como a raiva, ou então a culpa, por não ter tido tempo suficiente para falar ou demonstrar algo àquele que se foi. O humor passa a ficar mais deprimido, memórias ricas em detalhes passam a ficar mais vívidas, em uma tentativa constante de compreender a lógica dos fatos e a lógica da vida. A mudança real, no entanto, só acontece a partir do momento que ocorre a aceitação da perda. Aceitar a separação da pessoa que morreu, envolve a capacidade de redirecionar a energia emocional, ajustar-se à vida sem a pessoa ao seu lado, e retomar as atividades habituais. 

Ao mesmo tempo, tomar consciência da morte pode ter um poderoso efeito positivo e trazer uma mudança radical de atitude e perspectiva. Quando enfrentamos a morte de forma ativa e direta, há uma chance de transcendermos a ansiedade e a insegurança e vivenciarmos seu potencial de transformação, criando uma nova capacidade de viver no presente, ao invés de nos mantermos presos ao passado ou ao futuro. O luto leva pessoas a desenvolverem atitudes apreciativas diante da vida, sentimentos de gratidão por aspectos banais que até então não eram valorizados, e também, a cultivarem relacionamentos familiares e elementos como a afetividade, a compaixão, a solidariedade, a empatia. Preocupações e ansiedades do dia-a-dia, passam a não ter mais tanta importância diante de outros fatores mais relevantes, como a presença de alguém, tornando as pessoas mais sensíveis, e fazendo com que coisas que até então muitos não prestavam atenção, acabem se tornando notavelmente vívidas e belas. Isso também leva pessoas a refletirem sobre o uso efetivo do tempo, não somente para si próprio, mas também para aqueles que amamos, e para aquilo que é realmente importante na vida.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018).




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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL EM TEMPOS DE ENEM: O QUE FAZER QUANDO CHEGA A HORA DE ESCOLHER A PROFISSÃO?



Essa é uma época um pouco dramática para milhares de estudantes no país: checar o resultado do Enem. Não é nada fácil para a grande maioria dos jovens, após um longo período de esforço e dedicação, se deparar com uma pontuação inesperada, e claro, insuficiente para entrar no curso dos sonhos. A frustração pode ser o momento ideal para se refletir sobre o melhor caminho a seguir. Como diz o ditado, “há males que vem para o bem”, e por isso, não ter alcançado a nota necessária para ingressar no tão sonhado curso que a maioria busca, pode ser um divisor de águas, fazendo com que se busque novas alternativas para encontrar a verdadeira vocação (e não aquela mais valorizada socialmente). O valor de uma profissão é algo que nós podemos criar conforme a nossa dedicação, e está diretamente ligada às nossas afinidades, gostos, talentos e ao significado que ela tem para nós.

Imagem relacionadaA família busca sempre oferecer algo que seja mais “seguro” e “garantido” para o futuro dos filhos, tanto financeira como profissionalmente, e esse é um dos motivos pelo qual a Medicina ainda é a primeira escolha da maioria dos jovens. Mas as coisas não são tão simples e são poucos os que realmente conhecem os “bastidores” da vida de um médico. A estabilidade e a gratificação financeira de uma profissão é sem dúvida uma das grandes recompensas do trabalho, mas ainda não é a maior. Existem outros fatores que só são percebidos com o tempo e ao longo da trajetória profissional. Qualidade de vida, tempo para si e para a família, satisfação pessoal, e sobretudo, gostar do que se faz, são fatores que se tornam ainda mais importantes com o passar dos anos.

A orientação vocacional surgiu há muito tempo como um instrumento auxiliar, para ajudar a descobrir quais as áreas profissionais mais compatíveis com o perfil e a personalidade de uma pessoa. Entretanto, infelizmente esse instrumento não tem sido bem utilizado, pois não se descobre a verdadeira vocação simplesmente aplicando um teste uma ou duas vezes, e pronto: num passe de mágica, achamos a profissão ideal para você! Não é assim. Parece um paradoxo, mas um dos maiores desafios do ser humano é saber o que se quer da vida!

Por essa razão, descobrir uma vocação é um processo longo, onde é necessário que antes da escolha de uma carreira, o jovem possa ter um conhecimento mais profundo dos seus gostos, dos seus valores mais profundos, das suas aptidões, das suas forças pessoais e de seus talentos. A lista das profissões vem depois, quando o jovem já sabe realmente o que o motiva, o que mais desperta seu interesse, e quais as suas habilidades naturais. A Psicologia Positiva, um dos ramos mais novos da Psicologia atual, estabeleceu uma lista das principais forças humanas, pontos fortes e talentos. À medida que a pessoa consegue aliar suas próprias forças com uma profissão que exige a utilização delas, tem-se aí o casamento perfeito para se alcançar a realização pessoal e profissional. 

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A orientação vocacional, ao contrário que muitos acreditam, não consiste simplesmente da aplicação de testes padronizados, mas é na realidade um conjunto de várias técnicas onde se inclui reflexões, trocas de ideias, e, sobretudo, uma busca pessoal daquilo que a pessoa pode oferecer de melhor para a sociedade, conforme sua personalidade, talentos e habilidades. Escolher uma profissão exige um amadurecimento mental e emocional, que, se no momento da escolha, ainda não é ideal em razão da tenra idade do jovem, pode ao menos ser desenvolvida por meio de um processo de autoconhecimento que o leve a descobrir quem ele realmente é, e o que ele realmente gosta de fazer.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A DOCE SABEDORIA DAS CRIANÇAS


Todos sabemos o quanto as memórias e experiências da infância são importantes para o desenvolvimento e maturidade de um adulto. O interessante é que, à medida que o tempo passa, o contato com as novas gerações, não apenas desperta novamente a criança dentro de nós, como nos dá a oportunidade de aprender muitas coisas com os pequenos, fazendo-nos resgatar algumas atitudes que, sem sabermos o motivo, perdemos com o passar dos anos.

Tive a oportunidade de trabalhar com crianças e adolescentes, ao longo de 13 anos da minha vida, o que me trouxe alegrias e desafios, mas, muito mais do que isso, me trouxe uma diversidade imensa de aprendizados, que vieram por meio da observação de sua forma de pensar sobre o mundo, dos seus comportamentos e, claro, por meio da interação diária com elas.

Crianças são criaturas extremamente sábias, e observá-las nos faz repensar muito sobre a vida. Para começar, elas se alegram com coisas simples, pois não tem expectativas irreais, e, por isso, entendem que a alegria pode ser encontrada em qualquer lugar. Muitas vezes, os pais, na tentativa de agradar, se esforçam em presenteá-las com brinquedos sofisticados, e de repente, quando veem, o brinquedo preferido delas é aquele mais baratinho.

Crianças são seres curiosos, buscam sempre aprender algo novo, são altamente questionadoras, querendo saber o tempo todo o “porquê” das coisas, desde as coisas mais complexas, até aquelas mais banais. Crianças aceitam o diferente e não julgam, mas isso, claro, desde que o adulto não as amedronte com suas crenças e medos, fazendo-as aprender “o que” e “como” julgar as pessoas.


Crianças expressam emoções e sentimentos de forma simples, pura e objetiva, sem enrolar muito, e sem meias palavras. São transparentes e sinceras, e, quando querem algo, dizem o que querem. Quando não querem, também deixam isso bem claro para os adultos ao redor. Quando estão tristes, choram, e não escondem isso. Quando estão felizes, sorriem de verdade, e com vontade. Demonstram afeto sem disfarces, abraçando-nos com uma força proporcional aos sentimentos que carregam por nós. Crianças nos ensinam a perdoar facilmente. Brigam, choram, berram, esperneiam, mas em poucas horas, voltam a sorrir novamente, em uma fração de tempo muito mais rápida do que nós adultos levamos para nos livrar da culpa ou do remorso. 

Crianças não colocam limites em sua imaginação, nem em seus sonhos. Se querem ser super heróis, incorporam isso dentro de si literalmente, sem se importar em parecer “ridículas” ou “malucas”. Elas sabem deixar o medo de lado. Ao contrário dos adultos, não ficam pensando no famoso “e se...”, mas ao contrário, mergulham na experiência, aproveitando o momento. Crianças aprendem pela repetição, e quando falham, não desistem fácil. Querem começar tudo de novo, sem se cansar. Aliás, quem se cansa na verdade, somos nós. Crianças falam aquilo que estão pensando, de forma autêntica, e não ficam medindo palavras ou se preocupando com o certo ou errado. E mesmo quando estão erradas, ainda conseguem falar de um jeito doce e engraçado.


As crianças são os verdadeiros gurus da felicidade. A forma da criança olhar o mundo, não é contaminada igual a de um adulto. Elas entendem a vida melhor do que a maioria de nós, vivendo com mais sabedoria do que alguns dos indivíduos mais experientes e refinados ao nosso redor. E o mais importante para elas: o tempo. Aliás, enrolação é coisa de adulto. Crianças não procrastinam, e não querem saber de deixar nada para depois, pois sabem que amanhã, pode ser tarde demais, e não dá para ficar esperando o tempo passar....

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018).




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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A PSICOLOGIA DE UM VOTO




Falar de política é sempre um desafio, e essa, certamente não é a proposta dessa matéria, mas sim, entender o comportamento de um eleitor quando chega o momento de decidir sobre quem serão seus futuros dirigentes. É muito fácil compreender o motivo pelo qual tanto se fala o famoso jargão: “política não se discute”. Seres humanos são diferentes, e isso naturalmente gera opiniões diferentes. Por essa razão, discutir política dentro do meio social, no trabalho, e até dentro de casa, pode despertar discussões ferrenhas, justamente em razão das maneiras diferentes que cada pessoa tem de pensar, interpretar e compreender o comportamento e atitudes de cada candidato. As crenças e valores morais, pessoais, éticos que cada pessoa carrega dentro de si, assim como o nível de compreensão, influenciam diretamente o modo como ela formará sua decisão, juntando-se a isso ainda outros elementos, como vantagens, benefícios, etc. Um mesmo candidato pode ser visto por diversos eleitores de formas diferentes: como um radical, um oportunista, um herói, um injustiçado, uma vítima das circunstâncias, um dissimulado, e pelos mais diversos pontos de vista.

Um eleitor pode usar diversos critérios para formar seu voto. Alguns, menos ousados, utilizam o critério do comodismo, de votar como sempre se votou, com o pensamento de que “é melhor deixar do jeito que está, para não piorar”, se é que já não estamos no pior momento possível! Alguns fazem suas escolhas pela proximidade ou afinidade com um ou outro candidato, ou pela possibilidade de conseguir alguma vantagem no futuro. Outros, podem usar o critério da rebeldia, e achar que é melhor investir logo de uma vez na oposição, para ver se dessa vez algo muda. Outros eleitores, utilizam o critério da fuga, decidindo usar, como forma de protesto, o voto “em branco” ou “nulo”, achando que com isso, estará mostrando algum tipo de decisão, quando isso na verdade se torna nada mais do que uma forma de evitar a “dor” da escolha, ao invés de enfrentar e se responsabilizar por ela.

Muitas pessoas votam, com base na emoção do medo, da insegurança. O medo de ser enganado novamente, ou ainda, para outros, o medo de perder algo que já possuem, como algum benefício social, financeiro, mesmo que o preço que se pague por isso no futuro, seja muito maior do que o próprio benefício em si. Enquanto alguns votam de modo independente da maioria, milhões de pessoas ainda votam de acordo com a massa, sendo guiados por pesquisas ou estatísticas, “amostras” essas que podem não corresponder a realidade dos votos de todo um país. Muitos se deixam levar pela opinião alheia, pela onda social, ao invés de construir sua própria opinião. Obviamente alguns podem ter realmente dentro de si uma opinião convicta de que o caminho da maioria seja o melhor caminho, e se for assim, tudo bem, contanto que seja uma conclusão que ele mesmo tirou baseado em evidências e fatos reais, e não em suposições de outras pessoas, e muito menos, baseado na emoção. No entanto, muitos eleitores dão mais importância aos números e à quantidade, do que a qualidade. São aqueles que têm medo de arriscar em alguém que possa ter “menos chance de ganhar”, o que mostra pessimismo e desesperança. 


Emoções influenciam fortemente nossas decisões. Nesse momento, pessoas do país inteiro votam muito mais com base em suas emoções do que na razão. Alguns estão fazendo escolhas baseados na raiva, no medo, no rancor, na insegurança, na tristeza, outros já podem estar decidindo seus votos com base na compaixão, na piedade, na vingança, no senso de justiça.

Para mudar algo para melhor, é importante saber que as emoções podem camuflar evidências escancaradas, e por isso, é preciso usar, junto à razão, aquelas emoções que ampliem nossa inteligência e nos impulsione para algo mais concreto, como a esperança, o otimismo, a persistência e a coragem, elementos esses que nos conduzem mais à construção de algo, do que à reclamação e à destruição daquilo que já está perdido. O voto é um ato de responsabilidade de todos. Toda decisão envolve riscos. No entanto, para tomar uma decisão e reduzir a margem de erro, existem dados e evidências nos quais podemos nos apoiar, e a partir disso, fazer com que nosso voto seja guiado pelo equilíbrio entre a razão e a emoção, e não pelo domínio de um sobre o outro.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018).




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domingo, 9 de setembro de 2018

DISCIPLINA POSITIVA - UM NOVO OLHAR PARA O MAU COMPORTAMENTO INFANTIL



A primeira coisa que se pensa quando ouvimos a palavra “disciplina” está geralmente ligado a algo entediante, chato, rigoroso. Apesar da origem da palavra disciplina estar ligada ao sentido de “ensinar”, ainda para a grande maioria das pessoas, está ligada ao sentido da punição ou da rigidez. Hoje, no entanto, tem havido um resgate às raízes da palavra disciplina, e novas abordagens buscam orientar pais e cuidadores a como ensinar o comportamento correto, de forma firme e gentil. A disciplina positiva também não apoia, nem incentiva o uso de elogios “gratuitos” à criança, muito menos o uso de presentes ou recompensas para conseguir que a criança adote o comportamento desejado. Elogios vazios, ou então, o famoso “tatibitate” que muitos pais fazem com seus filhos, podem ser um veneno tão perigoso quanto a punição rigorosa, tornando a criança o “reizinho” da casa, o que pode leva-lo a se tornar um adulto sem limites, que faz o que quer, na hora que quer, e do jeito que quer. 

O melhor caminho é o meio termo: a educação respeitosa, onde a criança é vista aos olhos do adulto como um ser que tem plena capacidade de compreender e agir, desde que seu raciocínio seja estimulado por meio de perguntas que a façam entender o motivo das coisas serem como são, ao invés de serem injetadas de respostas prontas, que não estimulam em nada o pensamento crítico e a maturidade emocional. Focar na solução, é uma das maneiras de incentivar que a criança reflita sobre seus próprios comportamentos, e possa participar e elaborar escolhas sensatas para agir conforme as capacidades próprias da sua faixa etária. 

Um dos fundamentos da disciplina positiva enfatiza que não existem filhos ruins, mas apenas comportamento ruins. Não há garotos maus, apenas maus comportamentos. Pense nisso por um minuto e você perceberá quão verdadeira é a afirmação. Em outras palavras, algo no ambiente da criança está a influenciando a se comportar mal. Quando aceitamos que foi apenas um comportamento que foi ruim, e a própria criança está bem - ensinar em vez de punir se torna mais fácil. Ao invés de apontar o que a criança fez de errado, mostre à criança como acertar, sendo gentil e firme ao mesmo tempo. A gentileza, mostra o respeito à criança, e a firmeza, mantém o respeito pelo adulto, já que é mais do que necessário que a criança sinta que existe um limite no qual ela não deve ultrapassar. 

Sempre que possível, também é importante oferecer escolhas à criança. Essa é uma forma que permita que ela sinta que está sendo vista e que pode participar das escolhas da casa, porém não somente para escolher o que mais a convém, mas sim aquilo que está dentro do que é possível dentro da situação e dentro das capacidades da sua idade. Dar escolhas a uma criança, não é deixar ela fazer o que quer, já que o processo de escolha envolve a interferência do adulto, que vai monitorar aquilo que é possível, tolerável ou adequado para a situação ou não, sendo algo realizado em conjunto, e não individualmente, por apenas um dos lados. Estabelecer expectativas e limites claros e ser consistente é fundamental no processo de educação, pois crianças tendem a sempre encontrar brechas e ultrapassar os limites, se estes não forem bem estabelecidos. 

Quando o mau comportamento é usado como uma oportunidade para ensinar a criança não apenas que o que ela fez é errado, mas também capacitando-a com alternativas para contornar o problema, isso a ajudará no futuro a ter muito mais maturidade para lidar com os erros e fracassos que a vida naturalmente vai lhe trazer.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora do Manual de Psicologia Positiva (Ed. Qualitymark/2018)




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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

INFLUÊNCIA & PERSUASÃO



Ao longo da vida, a maioria das pessoas não são acostumadas a enxergar, com bons olhos, o ato de convencer alguém. A Persuasão nada mais é do que uma estratégia de comunicação onde se utilizam recursos e argumentos, com o fim de convencer alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ou realizar uma ação, e pode ser aplicado em todas as dimensões da vida, e não apenas com o intuito de obter vantagens econômicas ou profissionais. De acordo com alguns estudos, o ser humano é exposto, em média, a cerca de 300 a 600 anúncios diariamente, seja em meios impressos, áudio-visuais, mídias digitais, ou nos tradicionais meios de comunicação. No entanto, apesar de grande parte das pessoas ainda associarem a persuasão à área comercial, ao ato de “vender” alguma coisa, ou então, a profissões específicas, como a área jurídica, administrativa ou publicitária, o ato de convencer pessoas está presente o tempo todo em nossas vidas, desde um relacionamento entre pais e filhos, ou entre um casal, até o trabalho que exercemos. Somos influenciados o tempo todo por notícias, informações, imagens, vídeos, coisas, e, principalmente, pessoas.

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Existem diversas técnicas e estratégias ligadas à persuasão. Alguns profissionais, no estilo mais antigo, podem usar elementos não muito éticos para conseguirem obter o que querem, como o exagero ou a mentira, o que gerar altas expectativas nas pessoas. O problema é que, se essa expectativa não corresponder à realidade, perde-se a confiança, e dificilmente a pessoa dará uma nova chance a esse profissional. Hoje, mais do que nunca, a sinceridade, a ética e o caráter tem sido as melhores estratégias para influenciar pessoas de forma mais duradoura e profunda. 

Obviamente alguns fatores ajudam profissionais a ganhar a confiança, nos tornando mais inclinados a aceitar a proposta de alguém. Um profissional que é um especialista ou autoridade em determinado assunto, ou alguém que possui algum vínculo de confiança conosco, assim como, o senso de gratidão e reciprocidade para retribuir alguma gentileza, são algumas atitudes que influenciam nossas decisões e opiniões. Propostas consistentes com nossas crenças e que tenham um senso lógico e útil, bem como o senso popular, estatísticas e outras evidências, podem facilitar esse processo também, além de outras estratégias.

Resultado de imagem para PERSUASIONO importante é deixar claro que a persuasão não é algo útil apenas para profissionais de marketing e vendedores em geral. Ela pode ser utilizada desde uma negociação entre uma mãe que tenta convencer seu filho a ingerir alimentos mais saudáveis ou a realizar uma lição de casa, até uma campanha nacional, na área da saúde, que busca convencer as pessoas a pararem de fumar, ou a realizar exames preventivos para um diagnóstico precoce de alguma doença. Aprender a utilizar a persuasão, de forma ética, na vida cotidiana pode levar pessoas a negociarem e se relacionarem melhor, a aprender a ceder em alguns momentos, e se impor em outros, e assim aumentar a probabilidade de alcançar o que desejam. Influenciar e convencer pessoas nem sempre é algo feito para ludibriar alguém, mas pode, em muitos momentos, ser uma forma de alertar, educar, ajudar ou proteger alguém que gostamos, e que ainda não tem conhecimento ou motivação para aderir a uma nova ideia, a uma opinião diferente da sua, ou à possibilidade de mudar sua forma de agir no mundo.


Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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quarta-feira, 11 de julho de 2018

FORÇAS E TALENTOS HUMANOS



Durante grande parte da vida, a maior parte das pessoas são estimuladas e orientados a buscar aperfeiçoar e aprender novas habilidades e competências, bem como melhorar aquilo que não está bom, até chegar ao “ótimo” ou ao “excelente”. A busca dessa excelência, por sua vez, é algo que possibilita um crescimento pessoal e profissional constante, que, tende a trazer resultados a longo prazo. O problema, no entanto, é que muitas vezes, as pessoas investem tanto em seus pontos fracos, que acabam deixando de fortalecer justamente as qualidades que já possuem naturalmente.


Há alguns anos atrás, uma pesquisa realizada em diversos países do mundo, e com milhões de pessoas, rastreou as forças e virtudes humanas mais comuns, chegando a uma lista básica de 24 forças, entre elas, o autocontrole, a coragem, a humildade, a esperança, a criatividade, o amor ao aprendizado, a liderança, a inteligência social, a prudência, a perseverança, a espiritualidade, o humor, a integridade, a justiça, entre outros mais. A partir disso, surgiu o termo “forças de caráter” dentro da Psicologia Positiva, que simboliza todas as qualidades humanas que são capazes de despertar o melhor das pessoas, não apenas do ponto de vista pessoal ou social, mas também profissional. Forças de caráter representam aquilo de melhor que as pessoas têm dentro de si, e aparecem em diversas situações de nossas vidas. Ao usar suas forças internas, as pessoas criam mais motivação para desenvolver outras qualidades positivas. Isso faz com que elas se sintam mais autênticas, mais energizadas e satisfeitas com o que fazem e com a rotina diária.



Pessoas que usam suas forças possuem mais confiança, se sentem mais felizes e completas, além de estarem mais motivadas quando diante de tarefas e trabalhos que coincidem com suas forças naturais, tendo assim maior concentração, produtividade, engajamento, e força de vontade. Isso tem um impacto imenso em empresas e organizações, tendo em vista que uma das maiores reclamações é justamente a dificuldade em tornar funcionários mais engajados no trabalho.
Pesquisas revelam que pessoas que utilizam suas forças todos os dias tendem ser seis vezes mais engajadas em seu trabalho e tendem a ter um nível três vezes mais elevado de satisfação com a vida. Outro campo importante para se aplicar talentos é no campo da educação. Trabalhar as forças e ajudar o aluno a utilizá-las nos trabalhos escolares, melhora o desempenho escolar, o aprendizado, o aumento da atenção e da concentração em sala de aula, criando assim, na mente do estudante, uma imagem mais positiva da escola e dos estudos.

É claro, que, nem sempre temos a oportunidade de fazer atividades que vão de encontro aos nossos pontos mais fortes. No entanto, se você se encontra em uma situação onde não é possível deixar de fazer aquilo que não gosta, a dica é pelo menos, tentar adicionar ao seu trabalho, atividades em que se possa empregar as forças ou talentos. Outro caminho também é fazer parcerias ou acordos com pessoas que são fortes naqueles talentos nos quais temos mais deficiência, ao invés de insistir em fazer algo que, por mais que nos esforcemos, continua trazendo resultados insatisfatórios. O ser humano não tem como dominar todas as áreas, e essa é uma razão a mais para estimular a colaboração entre pessoas de talentos diferentes, possibilitando que cada um atue naquilo que faz melhor, de forma que todos sejam beneficiados e satisfeitos.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora do Manual de Psicologia Positiva (Ed. Qualitymark/2018)




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