quarta-feira, 11 de julho de 2018

FORÇAS E TALENTOS HUMANOS



Durante grande parte da vida, a maior parte das pessoas são estimuladas e orientados a buscar aperfeiçoar e aprender novas habilidades e competências, bem como melhorar aquilo que não está bom, até chegar ao “ótimo” ou ao “excelente”. A busca dessa excelência, por sua vez, é algo que possibilita um crescimento pessoal e profissional constante, que, tende a trazer resultados a longo prazo. O problema, no entanto, é que muitas vezes, as pessoas investem tanto em seus pontos fracos, que acabam deixando de fortalecer justamente as qualidades que já possuem naturalmente.


Há alguns anos atrás, uma pesquisa realizada em diversos países do mundo, e com milhões de pessoas, rastreou as forças e virtudes humanas mais comuns, chegando a uma lista básica de 24 forças, entre elas, o autocontrole, a coragem, a humildade, a esperança, a criatividade, o amor ao aprendizado, a liderança, a inteligência social, a prudência, a perseverança, a espiritualidade, o humor, a integridade, a justiça, entre outros mais. A partir disso, surgiu o termo “forças de caráter” dentro da Psicologia Positiva, que simboliza todas as qualidades humanas que são capazes de despertar o melhor das pessoas, não apenas do ponto de vista pessoal ou social, mas também profissional. Forças de caráter representam aquilo de melhor que as pessoas têm dentro de si, e aparecem em diversas situações de nossas vidas. Ao usar suas forças internas, as pessoas criam mais motivação para desenvolver outras qualidades positivas. Isso faz com que elas se sintam mais autênticas, mais energizadas e satisfeitas com o que fazem e com a rotina diária.



Pessoas que usam suas forças possuem mais confiança, se sentem mais felizes e completas, além de estarem mais motivadas quando diante de tarefas e trabalhos que coincidem com suas forças naturais, tendo assim maior concentração, produtividade, engajamento, e força de vontade. Isso tem um impacto imenso em empresas e organizações, tendo em vista que uma das maiores reclamações é justamente a dificuldade em tornar funcionários mais engajados no trabalho.
Pesquisas revelam que pessoas que utilizam suas forças todos os dias tendem ser seis vezes mais engajadas em seu trabalho e tendem a ter um nível três vezes mais elevado de satisfação com a vida. Outro campo importante para se aplicar talentos é no campo da educação. Trabalhar as forças e ajudar o aluno a utilizá-las nos trabalhos escolares, melhora o desempenho escolar, o aprendizado, o aumento da atenção e da concentração em sala de aula, criando assim, na mente do estudante, uma imagem mais positiva da escola e dos estudos.

É claro, que, nem sempre temos a oportunidade de fazer atividades que vão de encontro aos nossos pontos mais fortes. No entanto, se você se encontra em uma situação onde não é possível deixar de fazer aquilo que não gosta, a dica é pelo menos, tentar adicionar ao seu trabalho, atividades em que se possa empregar as forças ou talentos. Outro caminho também é fazer parcerias ou acordos com pessoas que são fortes naqueles talentos nos quais temos mais deficiência, ao invés de insistir em fazer algo que, por mais que nos esforcemos, continua trazendo resultados insatisfatórios. O ser humano não tem como dominar todas as áreas, e essa é uma razão a mais para estimular a colaboração entre pessoas de talentos diferentes, possibilitando que cada um atue naquilo que faz melhor, de forma que todos sejam beneficiados e satisfeitos.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora do Manual de Psicologia Positiva (Ed. Qualitymark/2018)




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quinta-feira, 5 de julho de 2018

FELICIDADE HUMANA: UM TEMA QUE VEM DESPERTANDO CADA VEZ MAIS O FOCO DA CIÊNCIA



A felicidade humana é uma das buscas mais antigas da humanidade, e para muitos, uma das mais difíceis e desafiadoras. É um tema que pode ter diversas interpretações, conforme a visão de mundo de cada pessoa, a experiência de vida, os sonhos e realizações. Atualmente, vem-se tornando cada dia mais comum ouvirmos o termo “ ciência da felicidade”, que na verdade, nada mais é do que um novo movimento, a Psicologia Positiva, criado por um grupo de psicólogos e pesquisadores, com o fim de desvendar quais os reais fatores que podem proporcionar uma satisfação e bem-estar mais duradouro no ser humano, e não simplesmente a alegria fugaz e superficial.
Ao contrário da crença popular ligada ao nome desse movimento, ele absolutamente não tem nada a ver com o popular "pensamento positivo", ou com a autoajuda, mas sim um amplo campo teórico e prático de pesquisa da Psicologia, ligada ao bem-estar psicológico. 

Em termos simples, ela foca no estudo daquelas coisas que fazem a vida realmente valer a pena, de elementos mais sólidos, responsáveis pela satisfação humana a longo prazo. Assim, ao invés de buscar consertar as coisas que estão erradas, a psicologia positiva funciona construtivamente para nos ajudar a obter mais daquilo que queremos e tornar as pessoas melhores e mais felizes. A ciência da felicidade surgiu através da evolução da psicologia, tendo raízes em muitas disciplinas, incluindo psicologia moral, humanismo, terapia cognitivo-comportamental e humanidades, como a filosofia.

É uma ciência que busca explorar melhor a experiência subjetiva, as qualidades humanas e as instituições positivas”, operando a partir da premissa de que devemos reconhecer tanto o lado da luz quanto o lado sombrio da vida, e, por isso, hoje ela tem sido uma área ligada ao desenvolvimento humano, aberta a qualquer pessoa que busca o crescimento pessoal e o aproveitamento melhor de potenciais individuais, os quais, por algum motivo, estão adormecidos e não estão sendo bem utilizados e aplicados, tanto na vida como no trabalho. Centra-se em elementos positivos da vida, como forças de caráter, emoção positiva, resiliência, propósito, relacionamentos positivos e realização criativa.


Enquanto a psicologia tradicional tem sido muito bem sucedida em tornar a vida melhor para aqueles de nós que sofrem de condições negativas em nossas vidas, a psicologia positiva afirma que agora é hora de voltar nossa atenção para questões que existem no lado positivo do neutro, naquilo de bom que está ao nosso alcance, o invés de ficar apenas buscando aquilo que não temos, nos estimulando assim, a adotar a melhoria através do esforço e a voltar nossa atenção para a otimização da experiência humana. Não nega a existência das partes negativas da vida, mas defende uma exploração profunda de padrões mais elevados da experiência humana que possam nos tornar muito melhores, tanto como pessoas, quanto como profissionais.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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segunda-feira, 2 de julho de 2018

INSEGURANÇA: O GRANDE DESAFIO DE CONFIAR EM SI



Uma sensação que pode aparecer de diversas formas, desde uma simples timidez até um sentimento de não-aceitação social ou o medo de não ser aprovado por alguém. A insegurança não deixa de ser uma forma de medo, tornando-nos mais prudentes e cautelosos. No entanto, a prudência excessiva pode levar a pessoa a se sentir insegura a maior parte do tempo. 


É claro que todos nós somos afetados de alguma forma, pelos acontecimentos da vida. Fatos negativos ficam registrados na memória humana, e o cérebro, ao relembrar tais eventos, manda um alerta para o corpo, como se aquilo fosse acontecer novamente. É uma “desregulação”, onde a mente prevê que fatos ruins sempre irão se repetir da mesma forma, quando na verdade isso nem sempre acontece. Traições ou rejeições, fazem com que a pessoa se sinta mal no momento, e, se ela não souber elaborar esses sentimentos, isso afetará sua autoestima e sua autoconfiança, tornando-a insegura de si e de suas capacidades, a ponto dela não querer mais se arriscar a fazer algo novo, com medo de ser rejeitada novamente. 
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A insegurança também acontece em situações sociais, como festas, reuniões familiares, entrevistas e datas. O medo de ser julgado por alguém, pode levar a pessoa a se sentir ansiosa e apreensiva. Isso faz com que muitos acabem fugindo ou evitando situações sociais, ou então, quando decidem enfrentar esses momentos, sentem-se constrangidos e extremamente desconfortáveis. Fracasso, rejeição, solidão, crenças negativas sobre si mesmo e experiências do passado, como na infância e na adolescência, muitas vezes são carregadas por toda a vida, e podem alimentar o senso de não pertencer, não se sentir importante ou interessante, ou simplesmente não ser bom o suficiente. 

Ser excluído ou censurado por um grupo de amigos, ter pais extremamente críticos, e ríspidos, que depreciam ou pressionam o jovem para que seja bem-sucedido, alimentam a insegurança no futuro. É importante lembrar que pessoas que costumam julgar, muitas vezes podem estar encobrindo suas próprias inseguranças, ao tentar diminuir o outro, valorizando atributos superficiais em vez de valores mais profundos como caráter e integridade, por exemplo. A insegurança traz problemas à saúde física também. Estar o tempo todo preocupado, tenso, angustiado, pode levar a pessoa a um estado de cansaço crônico, a mais ansiedade, distúrbios alimentares, depressão, problemas gastrointestinais, entre outros. 

Pessoas inseguras muitas vezes não conseguem ser elas mesmas, demonstrar uma personalidade própria ou autêntica. Isso afasta a pessoa do contato social, e pior, pode fazer com que pessoas extremamente talentosas, nunca sejam descobertas, simplesmente pelo medo de se expressar ou de mostrar suas habilidades. O perfeccionismo é uma das fontes da insegurança. Buscar padrões altos demais, tanto na beleza, como nos estudos, nos relacionamentos ou no trabalho, pode acabar levando a pessoa a não conseguir nada no final. Nem tudo na vida está sob o nosso controle, e pode ser que nem todas as pessoas gostem do nosso jeito de ser, simplesmente por não gostarem, e não pelo fato de estarmos fazendo algo errado. Culpar-se demais, pode levar a mais insegurança ainda. A culpa é um sentimento que deveria nos levar a algum aprendizado, e não à autodestruição.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 




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