quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

INTUIÇÃO – PODEMOS OU NÃO ACREDITAR NELA?

Durante muitos anos, e até mesmo nos dias de hoje, a intuição é vista como um fenômeno instintivo ou mesmo mágico. No entanto, o fato de ficarmos tão apegados em conhecimentos e evidencias racionais e acadêmicas, pode acabar nos fazendo perder uma habilidade muito importante, que para muitos podem ser meros palpites, mas que no fundo podem ser suposições formadas com base em experiência e conhecimentos acumulados ao longo da vidaO processo intuitivo tende a surgir de forma holística e rápida, e isso acontece em sua maioria, sem uma consciência do processo mental subjacente de informação. 
Os sentimentos instintivos têm seu valor na tomada de decisões sim, e às vezes até mais do que muitos imaginam. Muitos processos inconscientes operam não apenas nas atividades rotineiras, mas também na tomada de decisões complexas, e isso as vezes acontece sem o devido crédito. As pessoas normalmente citam critérios aparentemente racionais para suas ações e não divulgam as preferências subjetivas de sentimentos que surgem espontaneamente. A intuição pode ser um excelente local para iniciar o processo de tomada de decisão, antes de aplicar a lógica para se fazer uma escolha. Mas o equilíbrio entre os dois pode mudar com base na decisão em questão. As primeiras impressões que temos sobre algo são basicamente resultado do processamento inconsciente de muitas pistas que reunimos, mas ao mesmo tempo é importante que essas pistas estejam constantemente sujeitas a um questionamento interno 
A Intuição é uma mistura de sensações e percepções, que podem influenciar positivamente a tomada de decisões. Mas a grande pergunta que fica em suspenso é: as pessoas devem mesmo confiar totalmente na intuição? E a margem de erro que existe sobre o que sentimos ou percebemos sobre algo ou alguém? O quanto isso que chamamos de intuição pode ou não estar misturado a estereótipos ou conceitos distorcidos sobre determinadas situações, experiências ou pessoas, sobre as quais foram criamos conclusões erradas, com base em informações equivocadas? Essa é a grande questão que é discutida, e que realmente pode levar o ser humano ao erro.  


No mundo de hoje, temos a vontade de controlar, de ter certezas para não tomar decisões erradas e assim evitar frustrações. E para isso queremos tentamos usar a racionalidade na maior parte do tempo, deixando os cinco sentidos um pouco de lado. Isso não é errado, porém, existem muitos conhecimentos que em determinados momentos não teremos acesso, por algum motivo, e é justamente aí que temos que recorrer ao processo intuitivo, às sensações e às impressões sobre determinada situação. Muitos de nós temos medo de agir sem conhecer conscientemente todos os motivos que nos propulsionam à essas açõesisso realmente é um pouco angustiante para o ser humano. Nós não temos condições de ter um conhecimento completo a respeito de tudo. A intuição é um processo elevado, e requer mesmo uma certa prudência. Podemos errar? Sim, certamente podemos, mas lembrando que erros são oportunidades de aprendizado, e, desde que seja reparado de forma eficaz, pode ser uma forma de criar percepções e sensações novas, que servirão como um ciclo contínuo de renovação e aprimoramento da sabedoria intuitiva. . 
Sálua Omais é Psicóloga e Palestrante, Doutoranda e Mestre em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL. É titular do site www.psicotrainer.com.br onde escreve artigos diversos sobre Psicologia Positiva, Coaching e Inteligência Emocional. 

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 


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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

PROCRASTINAÇÃO: POR QUE DEIXAMOS TUDO PARA A ÚLTIMA HORA

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Preencher o dia com tarefas de baixa prioridade, deixar um item na lista de tarefas por um longo tempo sem cumprir, ler e-mails várias vezes, sem tomar uma decisão sobre o que fazer com eles, iniciar uma tarefa de alta prioridade e não completa-la, gastar o tempo com tarefas irrelevantes, que outros lhe pedem para fazer, em vez de continuar com as tarefas importantes que já estão na sua lista, ou simplesmente, esperar estar de "bom humor" ou o "momento certo" para enfrentar uma tarefa, são alguns dos sinais clássicos da procrastinação, a eterna mania dos seres humanos de deixar as coisas para serem feitas “depois”.
A procrastinação é melhor entendida como uma estratégia de enfrentamento focada na emoção. Para quem não sabe, ela está muito relacionada a pensamentos negativos, o que estimula a chamada “ruminação mental”, que nada mais é do que, ficarmos pensando e repensando várias vezes sobre um mesmo assunto. Usamos a evitação de tarefas para escapar das emoções negativas associadas a uma tarefa, como por exemplo, frustração, tédio, estresse, medo. A procrastinação é muitas vezes confundida com a preguiça, mas são um pouco diferentes. É um processo ativo - você escolhe fazer outra coisa em vez da tarefa que você sabe que deveria estar fazendo. Em contraste, a preguiça está ligada à apatia, inatividade e falta de vontade de agir.
A procrastinação geralmente envolve ignorar uma tarefa desagradável, mas provavelmente mais importante, em favor de uma que seja mais agradável ou mais fácil. Mas ceder a esse impulso pode ter sérias consequências, como nos fazer sentir arrependidos ou envergonhados, o que pode levar a uma redução de produtividade e nos fazer perder o alcance de nossos objetivos, tornando as pessoas desmotivadas e desiludidas com si próprias.
Muitas pessoas adiam suas tarefas, por causa do medo de falhar, de tomar a decisão errada e se arrepender depois. A tomada de decisão é algo diretamente ligado à procrastinação, pois quando a pessoa se sente insegura ou indecisa em fazer algo, ela busca refúgio adiando suas ações para depois, como se, criando a ilusão de que o tempo irá ajuda-la a ter mais elementos para decidir melhor, o que na maioria das vezes, não acontece. Perfeccionistas costumam ser procrastinadores, por achar que precisam de mais recursos para fazer a tarefa do modo ideal, ou que ainda “não está bom o suficiente”. Outros, se paralisam e não fazem o que devem fazer, porque se sentem incapazes, ou acham que a tarefa irá demandar muito tempo ou esforço para ser realizada. Já em outros casos, pessoas procrastinam simplesmente por falta de organização do tempo, ou por falta de disciplina, em não colocar prioridade e prazo para as coisas que fazem.
A procrastinação dá uma ilusão de liberdade às pessoas. O procrastinador tem uma falsa sensação de segurança. Ele acredita que tudo está sob controle, e que existe muito tempo ainda para se perder, criando uma noção errada do tempo. Uma ilusão que no final pode terminar com stress, ansiedade, desespero, culpa e outros prejuízos.
Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL. É titular do site www.psicotrainer.com.br onde escreve artigos diversos sobre Psicologia Positiva, Coaching e Inteligência Emocional.
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Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 


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