Durante
muito tempo, a inteligência de uma pessoa foi medida pela capacidade de
raciocínio cognitivo, o tão conhecido Q.I. (quociente de inteligência). Mais
tarde, a Ciência foi descobrindo a existência de outros tipos de “inteligência”,
entre elas a inteligência emocional e a inteligência social. A inteligência
emocional, é, em uma definição bem simples, a capacidade de identificar as
próprias emoções, e as emoções dos outros, tendo, ao mesmo tempo, a habilidade de
gerenciar essas emoções de forma equilibrada e eficaz.
A
inteligência social, que também engloba a inteligência emocional, é a
capacidade de conhecer a si mesmo e aos outros, o que requer uma dose ideal de
empatia e bom senso, afim de gerenciar melhor nossas interações sociais. É a
habilidade de compreender outros seres humanos, e agir de forma sábia dentro
dos círculos sociais e familiares, respeitando os limites de cada um. Apesar de
ser um dom natural para alguns, para outros, é uma habilidade que pode ser
desenvolvida e aprendida ao longo da vida.
Outra
característica é a fluência verbal e habilidade de se expressar. A pessoa interage
com uma grande variedade de pessoas, sendo diplomática e apropriada naquilo que
fala e naquilo que faz. Indivíduos socialmente inteligentes aprendem a
desempenhar vários papéis sociais, seguem as normas, tanto “formais”, como
“informais”, e, com isso, acabam ganhando a simpatia e o respeito daqueles ao
seu redor. Isso se dá pelo fato de que ao invés de impor o “seu jeito”, como se
fosse a forma mais correta de agir, ele busca compreender e também respeitar o
“jeito dos outros”. No entanto quando se preocupam demais com a imagem que estão
transmitindo aos outros, e com isso, correm o risco de perder sua
autenticidade, na ânsia de agradar as outras pessoas.
A
capacidade de ouvir o outro, de forma ativa e atenta, é um elemento fundamental.
Pessoas socialmente inteligentes são ótimas ouvintes, e, muitos constroem uma
boa conexão com essas pessoas justamente pelo fato de se sentirem compreendidos
por elas. Pessoas socialmente inteligentes são observadoras, e possuem uma
percepção aguçada. Isso faz com que elas se “sintonizem” melhor com o que os
outros estão dizendo e como estão se comportando, a fim de compreender o que a
outra pessoa está pensando ou sentindo. Ela aprende a desempenhar papéis
sociais diferentes, o que faz com que se sinta confortável com todos os tipos
de pessoas, e isso, por sua vez, melhora a sua autoconfiança e também a sua "autoeficácia
social".
A
habilidade de socialização exige, em alguns momentos, esforço e trabalho duro,
uma boa dose de atenção ao que acontece ao nosso redor, e principalmente,
empatia em um nível suficiente para ouvir e se colocar no lugar do outro. Isso
envolve uma mudança de postura, e, sobretudo, uma mudança de mentalidade, que
inclui a abertura para o diferente, o sentimento de igualdade, o
não-julgamento, e a curiosidade com relação àquilo que podemos aprender com as
outras pessoas.
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