quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

APRENDENDO A GOSTAR MAIS DO BOM E VELHO TRABALHO

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Voltar a trabalhar, após algumas semanas de recesso, para alguns é algo árduo, mas, para outros pode ser uma verdadeira alegria. De acordo com alguns estudos, as pessoas enxergam seu trabalho basicamente de três formas: como um emprego, como uma carreira ou como um chamado. 
Pessoas que vêem seu trabalho como um emprego, geralmente estão apenas interessadas nos benefícios e incentivos materiais que irão receber, ou em outras recompensas. Isso não é nenhum pecado, aliás, é necessário para todos nós. O problema é que nesse caso, a pessoa não consegue criar um vínculo com o trabalho, pois não o considera importante, mas ao contrário, acha algo chato e entediante, sendo simplesmente um meio para se obter recursos para suprir suas necessidades e de sua família. Logo, a única forma de motivá-las é por meio de incentivos financeiros. Pessoas que vêem seu trabalho como uma carreira, tendem a focar nos benefícios a longo prazo ligados ao seu progresso profissional, ao sucesso e ao status, conquistados por meio de títulos e promoções, e visam alcançar uma posição de respeito em função de sua competência técnica. Já aqueles que compreendem o trabalho como um chamado, acreditam que ele não representa apenas sucesso e dinheiro, mas sim a sua identidade, sua missão. Essas pessoas tendem a desenvolver melhores relacionamentos no trabalho, terem menos absenteísmo, menos problemas de saúde, mais motivação, e uma maior satisfação pessoal e profissional. 

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É claro que uma pessoa pode ter o interesse nas três categorias simultaneamente, mas o que a pesquisa demonstra é que, muitas vezes, quando o trabalho é visto como um chamado, isso faz com que a pessoa persista mais e não desista diante da primeira dificuldade ou obstáculo, já que existe algo a mais que a conecta com sua função. Além disso, pesquisas mostram que essa classificação independe do nível do cargo que a pessoa exerce, isto é, pode ser que um médico ou um advogado exerça sua profissão apenas como um mero emprego e não como um chamado, assim como é possível que um garçom enxergue seu trabalho como um chamado, entendendo que servir às pessoas seja algo de extremo valor (aliás, quantos de nós já não fomos surpreendidos pela gentileza e presteza de alguns garçons). 

A boa notícia é que uma mudança de significado pode mudar uma vida e o valor do nosso trabalho. Isso quer dizer que, caso você REALMENTE precise do seu trabalho, mesmo não gostando, o único jeito, é dar um novo significado a ele. Basta se perguntar por que o seu trabalho existe? Para que serve? A partir do momento que você descobre como o seu trabalho melhora a vida das pessoas, você provavelmente vai começar a realiza-lo de outra forma, com mais orgulho e mais satisfação pessoal, mesmo que você tenha um chefe horrível, ou trabalhe num lugar horroroso. A conclusão que se tem diante disso tudo é que, mais uma vez, a forma como uma pessoa valoriza o trabalho está diretamente ligada ao nível de importância e significado que ela dá a ele, e é isso que irá direcionar o nível de comprometimento que ela tem dentro da empresa ou organização. Esses dados são muito relevantes para líderes e diretores de empresas, pois possibilita que se compreenda porque cada funcionário age de modo diferente no trabalho, e como usar diferentes estratégias motivacionais para cada perfil, já que o que motiva um, pode não funcionar para o outro da mesma forma.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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