A felicidade humana é uma das
buscas mais antigas da humanidade, e para muitos, uma das mais difíceis e
desafiadoras. É um tema que pode ter diversas interpretações, conforme a visão
de mundo de cada pessoa, a experiência de vida, os sonhos e realizações. Atualmente,
vem-se tornando cada dia mais comum ouvirmos o termo “ ciência da felicidade”,
que na verdade, nada mais é do que um novo movimento, a Psicologia Positiva,
criado por um grupo de psicólogos e pesquisadores, com o fim de desvendar quais
os reais fatores que podem proporcionar uma satisfação e bem-estar mais
duradouro no ser humano, e não simplesmente a alegria fugaz e superficial.
Ao contrário da crença popular
ligada ao nome desse movimento, ele absolutamente não tem nada a ver com o
popular "pensamento positivo", ou com a autoajuda, mas sim um amplo
campo teórico e prático de pesquisa da Psicologia, ligada ao bem-estar
psicológico.
Em termos simples, ela foca no estudo daquelas coisas que fazem a
vida realmente valer a pena, de elementos mais sólidos, responsáveis pela
satisfação humana a longo prazo. Assim, ao invés de buscar consertar as coisas
que estão erradas, a psicologia positiva funciona construtivamente para nos
ajudar a obter mais daquilo que queremos e tornar as pessoas melhores e mais
felizes. A ciência da felicidade surgiu através da evolução da psicologia,
tendo raízes em muitas disciplinas, incluindo psicologia moral, humanismo,
terapia cognitivo-comportamental e humanidades, como a filosofia.
É uma ciência que busca explorar
melhor a experiência subjetiva, as qualidades humanas e as instituições
positivas”, operando a partir da premissa de que devemos reconhecer tanto o
lado da luz quanto o lado sombrio da vida, e, por isso, hoje ela tem sido uma
área ligada ao desenvolvimento humano, aberta a qualquer pessoa que busca o
crescimento pessoal e o aproveitamento melhor de potenciais individuais, os
quais, por algum motivo, estão adormecidos e não estão sendo bem utilizados e
aplicados, tanto na vida como no trabalho. Centra-se em elementos positivos da
vida, como forças de caráter, emoção positiva, resiliência, propósito,
relacionamentos positivos e realização criativa.
Enquanto
a psicologia tradicional tem sido muito bem sucedida em tornar a vida melhor
para aqueles de nós que sofrem de condições negativas em nossas vidas, a
psicologia positiva afirma que agora é hora de voltar nossa atenção para
questões que existem no lado positivo do neutro, naquilo de bom que está ao
nosso alcance, o invés de ficar apenas buscando aquilo que não temos, nos
estimulando assim, a adotar a melhoria através do esforço e a voltar nossa
atenção para a otimização da experiência humana. Não nega a existência das
partes negativas da vida, mas defende uma exploração profunda de padrões mais
elevados da experiência humana que possam nos tornar muito melhores, tanto como
pessoas, quanto como profissionais.
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