quinta-feira, 18 de abril de 2019

COMUNICAÇÃO ALÉM DAS PALAVRAS

Imagem relacionada

Comunicar-se de forma eficaz permite trocas harmônicas de pensamentos, sentimentos e ideias, levando à compreensão mútua e gerando mais confiança. Muitas pessoas tendem a considerar o processo de comunicação como algo sem mistérios: é só pronunciar as palavras, e pronto! No entanto, do ponto de vista psicológico, o processo de comunicação é, algo impressionantemente complexo. A comunicação é algo intimamente ligado à psicologia do indivíduo, até porque nos comunicamos externamente, por meio de sons, sinais, palavras e comportamentos, e, internamente, por meio de pensamentos, emoções e sentimentos. Diversos fatores internos afetam o processo de comunicação: experiências de vida, bem como fatores externos, fatores circunstanciais, fatores temporais, além claro, da maneira como interagimos. Nesse momento por exemplo, à medida que lê o texto, cada leitor terá uma compreensão individual, que será interpretada conforme o seu olhar e a experiência de vida, e é aí que muitas notícias, pesquisas ou informações, correm o risco de serem vistas de modo positivo ou negativo. Tudo depende das ‘’lentes’’ de quem lê, e também, obviamente, das ‘’intenções’’ de quem lê ou ouve a informação. 

Um dos maiores riscos acontecem quando a mensagem enviada não é a mesma recebida, dando margem a diversos conflitos. Há considerável espaço para mal-entendidos entre o que o falante pretende dizer, o que ele realmente diz, e o que o ouvinte ouve. Quanto menos atenção o interlocutor e o ouvinte tiverem quando a mensagem for enviada, e quanto mais emocional for o assunto, maior a probabilidade de haver uma desconexão entre o que o falante pretende dizer, o que ele realmente diz e o que o ouvinte ouve. A mensagem enviada pode não ser a mensagem recebida porque deve passar por um sistema de filtragem de pensamentos e sentimentos - tanto para o remetente quanto para o destinatário. Verificar a exatidão de sua comunicação envolve, literalmente, perguntar o que a outra pessoa ouviu dizer, e isso muitas vezes exige uma certa dose de paciência e repetição. 

Imagem relacionadaO ato de não comunicar também é uma forma de comunicação, ou seja, se você está ignorando alguém, por qualquer motivo, seja para não enfrentar uma situação, seja propositalmente, essa atitude por si só já está enviando uma mensagem, a qual muitas vezes, é mais dolorosa, do que o ato de se comunicar de forma direta. Outro ponto importante: a comunicação verbal, realizada por meio de palavras, é uma pequena parte de um processo de comunicação bem mais amplo. E por isso é preciso ainda mais cuidado ao lidar com formas de comunicação onde os sinais não-verbais são restritos, como quando enviamos um email, um whatsapp ou outro tipo de mensagem instantânea, as quais, em diversos momentos, geram mal-entendidos ou interpretações erradas naquele que lê, e isso acontece por ‘’n’’ motivos. 
Toda mensagem que emitimos possui, além de conteúdo, sentimentos os quais geralmente são expressos por meio de sinais não-verbais como a linguagem corporal, gestos, expressão facial, tom de voz, inflexão e volume de voz, entre outros. É por isso que, algumas vezes não conseguimos acreditar totalmente nas palavras de uma pessoa. Quantas vezes alguém nos elogia, mas algo nos faz sentir que aquele elogio não é totalmente verdadeiro? Isso ocorre porque ao ouvirmos as ‘’palavras’’, podem existir outros elementos mais fortes que não nos permite acreditar nelas, e esses podem ser tanto elementos ligados a nossas experiências do passado, pensamentos, sentimentos, crenças bem como também a sinais não-verbais, que podem ser muito mais fortes do que simplesmente, palavras.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



ACESSE MAIS CONTEÚDOS EM NOSSAS REDES SOCIAIS:


Compartilhe:

0 comentários:

Postar um comentário