
Muitos pais buscam preservar a infância o maior tempo possível, permitindo que as “crianças sejam crianças” e desfrutem de muitas brincadeiras enquanto ainda são jovens. O problema é quando alguns passam a fazer tarefas, que poderiam ser realizadas pela criança, afim de poupá-las, ou, para ganhar tempo, ou então, pela própria impaciência de esperar pelo tempo da criança em fazê-las. Nos últimos anos, alguns estudos ligados ao desenvolvimento infantil, vêm mostrando que a realização de tarefas domésticas, compatíveis com a capacidade e idade do jovem, trazem diversos benefícios. Em primeiro lugar, é uma forma de estimular a responsabilidade na criança, o que estimula a sensação de autoconfiança e o senso de realização, de capacidade.
Realizar tarefas dentro de casa, com a família, também ensina a importância do trabalho em equipe e da colaboração. Os membros da "equipe" da família acabam se sentindo mais responsáveis uns pelos outros, e com isso, reforçam também o respeito mútuo e o senso ético. As crianças se tornam mais conscientes do trabalho que é cuidar de uma casa, quando elas se envolvem nesse processo e precisam limpar sua própria bagunça, além de criar o hábito da disciplina, desenvolvendo assim habilidades de planejamento e gerenciamento do tempo, já que faz com elas aprendam a conciliar as diversas atividades e se responsabilizar por elas. Muitas vezes, o tempo ocioso não ajuda a criança a se organizar de forma mais ativa, levando em alguns casos ao excesso de sedentarismo e de dependência dos outros cada vez maior.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmica. Possui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018).
0 comentários:
Postar um comentário