terça-feira, 16 de abril de 2019

POR QUE OS FILHOS PODEM E DEVEM CONTRIBUIR COM AS TAREFAS DE CASA


Resultado de imagem para CHILD HELPING HOMETarefas domésticas: que poucos gostam de realiza-las, isso todo mundo sabe. Mas como atrair crianças e adolescentes para realizar essas atividades, vistas como algo tão demorado e entediante de ser realizado? Quando se trata de crianças, ainda esse é um tema que leva a certos debates, sobretudo em função da legislação e do Estatuto da Criança e do Adolescente, cujo intuito é coibir excessos e abusos, e não atividades rotineiras. Tarefas domésticas ajudam a ensinar habilidades para a vida às crianças. Eles são jovens agora, mas não serão crianças para sempre! Cuidados ligados à limpeza, higiene, alimentação, culinária e economia, são habilidades que os filhos precisarão no futuro, o que torna ainda mais importante aprendê-las em casa. Atribuir tarefas regulares às crianças estimula a responsabilidade e principalmente, duas características essenciais para o futuro: a independência e a autonomia. Tarefas que afetam pessoalmente os filhos, podem torna-los mais autossuficientes, e fortalecer a autoestima, à medida que eles terão a sensação de que são maduros o suficiente para cuidar de si mesmos.



Muitos pais buscam preservar a infância o maior tempo possível, permitindo que as “crianças sejam crianças” e desfrutem de muitas brincadeiras enquanto ainda são jovens. O problema é quando alguns passam a fazer tarefas, que poderiam ser realizadas pela criança, afim de poupá-las, ou, para ganhar tempo, ou então, pela própria impaciência de esperar pelo tempo da criança em fazê-las. Nos últimos anos, alguns estudos ligados ao desenvolvimento infantil, vêm mostrando que a realização de tarefas domésticas, compatíveis com a capacidade e idade do jovem, trazem diversos benefícios. Em primeiro lugar, é uma forma de estimular a responsabilidade na criança, o que estimula a sensação de autoconfiança e o senso de realização, de capacidade. 

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Realizar tarefas dentro de casa, com a família, também ensina a importância do trabalho em equipe e da colaboração. Os membros da "equipe" da família acabam se sentindo mais responsáveis ​​uns pelos outros, e com isso, reforçam também o respeito mútuo e o senso ético. As crianças se tornam mais conscientes do trabalho que é cuidar de uma casa, quando elas se envolvem nesse processo e precisam limpar sua própria bagunça, além de criar o hábito da disciplina, desenvolvendo assim habilidades de planejamento e gerenciamento do tempo, já que faz com elas aprendam a conciliar as diversas atividades e se responsabilizar por elas. Muitas vezes, o tempo ocioso não ajuda a criança a se organizar de forma mais ativa, levando em alguns casos ao excesso de sedentarismo e de dependência dos outros cada vez maior. 

Imagem relacionadaE, se usarmos um olhar criativo, os deveres de casa também possibilitam que as famílias tenham um momento a mais para se relacionarem entre si, aproveitando a oportunidade para criar momentos especiais entre crianças e adultos. Crianças pequenas, que possuem dentro de si o desejo de ajudar, se sentirão ainda mais importantes nesses momentos. Para os adolescentes, torna-se uma oportunidade de se integrarem ao resto da família, uma oportunidade de ensiná-los a serem empáticos e receptivos às necessidades dos outros, compartilhando uma tarefa que talvez, se tivessem que fazer sozinhos, provavelmente muitos não o fariam. Assim como tudo na vida, existe a dose certa, e claro, para cada tarefa, existe a idade compatível conforme a capacidade física e cognitiva do jovem, e o segredo, é adicionar criatividade e ludicidade suficiente a ponto de tornar a atividade educativa e ao mesmo tempo, desafiadora e divertida.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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