sexta-feira, 10 de maio de 2019

MÃE: UM JEITO ÚNICO DE SER


Um dos temas mais estudados dentro da Psicologia e do Comportamento Humano, são as crenças e aprendizados adquiridos durante a infância, os quais que ficam arraigados profundamente ao longo da vida. A família de modo geral, tem grande influência nesse processo, incluindo aí pais, avós, irmãos, filhos, entre outros. No entanto, respeitando-se as devidas exceções, grande parte do comportamento humano está ligado àquilo que aprendemos ou vivenciamos por meio de nossas mães. E isso acontece tanto do ponto de vista negativo como positivo. 

Nesse processo de autodescoberta e autoconhecimento, muitas pessoas passam a culpar as mães por seus infortúnios, por suas dificuldades, e até mesmo por escolhas erradas. Até mesmo a Ciência, durante muito tempo, fez (e ainda faz) algumas associações de comportamentos disfuncionais, sobre os aprendizados obtidos pela criança por meio dos pais. Isso pode até fazer sentido, pela perspectiva mais rígida, lógica e racional, porém, ainda que as diversas teorias estejam corretas, projetar nossos problemas em quem nos gerou é ao mesmo tempo, assumir que ainda não crescemos, e que não temos maturidade, livre arbítrio e responsabilidade de mudar nosso destino, e assim continuar nos apoiando em mais uma desculpa para não mudar nossas vidas. 

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Por que ao invés de pensar nesse viés, não nos perguntamos: qual o nível de preparo e conhecimentos sobre o processo de maternidade ou sobre a criação dos filhos nossas mães tiveram? Com quem elas aprenderam? De forma instintiva e espontânea? Alguém as orientou sobre educação emocional ou questões emocionais ligadas ao mundo infantil? Quantas mães tiveram a oportunidade de entender sobre seus próprios comportamentos, e curar as feridas da infância que nem para elas mesmas elas conseguiram resolver? E no entanto, mesmo com o o conhecimento limitado da experiência e da vida, ainda assim conseguiram oferecer o melhor que tinham ao seu alcance, não só material, mas física e emocionalmente aos filhos, e assim aprender na base da ‘’tentativa e do erro’’ ou do conhecimento vindo de terceiros. 

Imagem relacionadaMães que tiveram que conciliar a personalidade dos filhos, com sua própria personalidade, tentando se adaptar o quanto podiam. Mães que foram intensas, querendo estar o tempo todo presentes, ou, acreditando que ninguém poderia substituí-las, com medo de algo ruim acontecer aos filhos, ou também mães ausentes, que não podiam por qualquer motivo estar ao lado deles. Mães intensas que deixaram seus desejos e vontades para segundo plano, em detrimento das necessidades das crianças, acreditando que, para ser uma boa mãe, precisaria dedicar todo o seu tempo e amor aos pequenos. 

Mães que foram pacientes, ouvindo, perdoando, tolerando e carregando o mundo nas costas, ou ainda, impacientes, gritando para que todos pudessem ouvir sua insatisfação, sobrecarga e angústia. Mães perfeccionistas, com aquela ânsia profunda de querer estar no controle de tudo, das decisões e das compras da casa, querendo planejar, organizar e pensar em todas as possibilidades afim de se certificar de que tudo estaria sob controle, evitando ao máximo o imprevisível. 

Quando falamos em personalidades maternas, são tantas variedades: mães super protetoras, mães corajosas, inseguras, sensíveis, estressadas, amorosas, intelectuais, ousadas, engraçadas, mães do tipo ‘’dedicação exclusiva’’, mães ‘’fitness’’, empreendedoras, vaidosas, mães tranquilas, mães desesperadas, discretas, comunicativas, exigentes, liberais, e enfim, aquelas que são simplesmente mães! A verdade é que temos ao nosso alcance todo tipo de mães, ou, na verdade, uma combinação diferente de todas elas, em uma pessoa só.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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