Uma sensação que pode aparecer de diversas formas, desde uma simples timidez até um sentimento de não-aceitação social ou o medo de não ser aprovado por alguém. A insegurança não deixa de ser uma forma de medo, tornando-nos mais prudentes e cautelosos. No entanto, a prudência excessiva pode levar a pessoa a se sentir insegura a maior parte do tempo.
É claro que todos nós somos afetados de alguma forma, pelos acontecimentos da vida. Fatos negativos ficam registrados na memória humana, e o cérebro, ao relembrar tais eventos, manda um alerta para o corpo, como se aquilo fosse acontecer novamente. É uma “desregulação”, onde a mente prevê que fatos ruins sempre irão se repetir da mesma forma, quando na verdade isso nem sempre acontece. Traições ou rejeições, fazem com que a pessoa se sinta mal no momento, e, se ela não souber elaborar esses sentimentos, isso afetará sua autoestima e sua autoconfiança, tornando-a insegura de si e de suas capacidades, a ponto dela não querer mais se arriscar a fazer algo novo, com medo de ser rejeitada novamente.
A insegurança também acontece em situações sociais, como festas, reuniões familiares, entrevistas e datas. O medo de ser julgado por alguém, pode levar a pessoa a se sentir ansiosa e apreensiva. Isso faz com que muitos acabem fugindo ou evitando situações sociais, ou então, quando decidem enfrentar esses momentos, sentem-se constrangidos e extremamente desconfortáveis. Fracasso, rejeição, solidão, crenças negativas sobre si mesmo e experiências do passado, como na infância e na adolescência, muitas vezes são carregadas por toda a vida, e podem alimentar o senso de não pertencer, não se sentir importante ou interessante, ou simplesmente não ser bom o suficiente.
Ser excluído ou censurado por um grupo de amigos, ter pais extremamente críticos, e ríspidos, que depreciam ou pressionam o jovem para que seja bem-sucedido, alimentam a insegurança no futuro. É importante lembrar que pessoas que costumam julgar, muitas vezes podem estar encobrindo suas próprias inseguranças, ao tentar diminuir o outro, valorizando atributos superficiais em vez de valores mais profundos como caráter e integridade, por exemplo. A insegurança traz problemas à saúde física também. Estar o tempo todo preocupado, tenso, angustiado, pode levar a pessoa a um estado de cansaço crônico, a mais ansiedade, distúrbios alimentares, depressão, problemas gastrointestinais, entre outros.
Pessoas inseguras muitas vezes não conseguem ser elas mesmas, demonstrar uma personalidade própria ou autêntica. Isso afasta a pessoa do contato social, e pior, pode fazer com que pessoas extremamente talentosas, nunca sejam descobertas, simplesmente pelo medo de se expressar ou de mostrar suas habilidades. O perfeccionismo é uma das fontes da insegurança. Buscar padrões altos demais, tanto na beleza, como nos estudos, nos relacionamentos ou no trabalho, pode acabar levando a pessoa a não conseguir nada no final. Nem tudo na vida está sob o nosso controle, e pode ser que nem todas as pessoas gostem do nosso jeito de ser, simplesmente por não gostarem, e não pelo fato de estarmos fazendo algo errado. Culpar-se demais, pode levar a mais insegurança ainda. A culpa é um sentimento que deveria nos levar a algum aprendizado, e não à autodestruição.
Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018).
Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018).
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