Um comportamento que todos
querem mas que, infelizmente não é uma receita de bolo, muito menos uma
habilidade que se adquire do dia para a noite. A autoconfiança está intimamente
relacionada à autoestima e à sensação de bem-estar e satisfação pessoal, o que
nos impulsiona a enfrentar desafios cada vez maiores, com coragem e ousadia.Construir confiança
significa dar pequenos passos que deixam uma sensação duradoura de realização.
Está ligado intimamente a experiências passadas, e também, à forma como nos
enxergamos, a um senso de autoeficácia, construído ao longo do tempo, mas que
também, recebe influências externas muito fortes, sobretudo do contexto
familiar.
Se você já aprendeu algo, domina algum tipo de habilidade, consegue se comunicar com clareza e assertividade, ou já superou obstáculos para chegar onde chegou, provavelmente isso já é um reforço positivo. Obviamente que a confiança também está envolvida com o nível de experiência e competência em determinadas tarefas, o que acaba elevando o nível de motivação para ampliar ainda mais essas habilidades. Pensamentos e dúvidas
constantes do tipo “e se...”; “e se eu falhar?”; “e se eu me arrepender?” são
uma constante em pessoas onde a insegurança impera. É como se o cérebro
ativasse diversos alarmes, tentando prever e antecipar as piores consequências
afim de nos proteger, quando na verdade, o que acontece é um estado de
paralisia, e uma forte tendência a recuar e não enfrentar da situação. Uma
pessoa autoconfiante faz com que esses pensamentos deixem de ser paralisantes,
até porque a pessoa consegue equilibrar perspectivas positivas também, e não
apenas as negativas. Isso nos faz agir e sentir mobilizados com o progresso alcançado,
sejam eles pequenos ou grandiosos.
A autoconfiança está
diretamente ligada à capacidade de estarmos dispostos a aceitar erros e crescer
com isso. Baixa autoconfiança, gera ruminação, medos, suposições, hipóteses, preocupações
demais e uma necessidade de controlar aquilo que é incontrolável, além de uma
sensação de cansaço e exaustão física e mental. A ruminação excessiva só nos
leva a desistir de coisas que gostaríamos de fazer. Autoconfiança não significa
que erros não acontecerão. Falhas e erros levam ao crescimento e o fracasso faz
parte da vida e nos ajudam a quebrar o velho mito de esperar que tudo esteja
100% perfeito antes de agir. A verdade é que os outros estão tão envolvidos em
seus próprios pensamentos e preocupações, que esse medo, mesmo sendo real, na
maioria das vezes é desproporcional.
Quebrar
o ciclo de pensar demais e acalmar nosso eu crítico interior é um dos grandes
passos. Pessoas autoconfiantes, ficam menos focadas em si, e, ao invés de
ficarem achando que o mundo está reparando em tudo o que falam ou fazem, acabam
desenvolvendo mais empatia. A comparação é outra grande
armadilha. Cada indivíduo tem a sua forma autêntica de ser, de falar, de agir,
e por isso, modelos padronizados tendem a dificultar ainda mais o lado
autêntico das pessoas, que faz com que sejam quem são, espontaneamente. Pode
parecer um paradoxo mas, a autoconfiança é uma característica justamente dos imperfeitos,
e, aceitar essa imperfeição nos torna mais humanos, únicos e autênticos,
mostrando o brilho especial que existe dentro de cada um.
0 comentários:
Postar um comentário