terça-feira, 11 de junho de 2019

RESILIENCIA: UM PROCESSO DE AUTOSUPERAÇÃO

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Problemas são uma constante na vida. Perdas, tragédias, desafios, obstáculos, fracassos, decepções, prejuízos, frustrações, enfim, seja lá o que for, as experiencias negativas que passamos ao longo da vida estão presentes em diversos momentos, porém, nem todos sabem lidar bem diante dessas situações. 

A resiliência é um termo emprestado da física, que é a habilidade de um objeto ser deformado ou submetido a agentes externos, sem ser deformado, e retornando ao ser estado original. Na Psicologia, a resiliência é aplicada de forma semelhante, porém ao invés de objetos, se aplica à capacidade do ser humano de passar por momentos de stress ou adversidades, e, além de lidar com esses momentos, ser capaz de retornar a sua rotina normal de vida, tanto pessoal quanto profissional. 

Resultado de imagem para RESILIENCEDesenvolver essa habilidade envolve diversos elementos. Do ponto de vista social, o apoio de pessoas e dos relacionamentos, é um dos elementos clássicos e fundamentais para a superação de momentos difíceis, e sem dúvida, um dos grandes alicerces desse processo. Além desse, alguns elementos que contribuem, são os recursos internos que cada indivíduo desenvolve ao longo da vida. Um deles é um olhar de esperança e uma expectativa de crescimento ao passar por situações desafiadoras, olhando para os aprendizados trazidos em cada situação, por mais difícil que ela seja. Espiritualidade e fé, são grandes fontes de apoio e de consolo. 

Outra característica essencial no processo de resiliência, é a flexibilidade e a adaptabilidade, que inclusive são características que fazem parte das habilidades ligadas à inteligência emocional. A rigidez, a indignação, assim como a resistência aos novos rumos que muitas vezes a vida nos coloca, tende a aumentar ainda mais a intensidade de emoções negativas como raiva, medo, rancor, mágoa, culpa, tristeza entre outras. Além disso, o pensamento rígido não favorece processos de tomada de decisão, muito menos, resolução de problemas, e com isso, aumentam-se as chances de que a pessoa fique a cada dia mais mergulhada dentro de um estado profundo de lamentação e de desamparo. 

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Serenidade, autocontrole, aceitação, momentos de silêncio e de autoreflexão, são algumas estratégias iniciais para que então seja possível seguir para o passo da recuperação e da formulação de novos planos para recomeçar. A aceitação, por mais dolorosa que seja, é a primeira etapa da mudança, e está intimamente envolvida com a adaptabilidade. E se, junto a esses conceitos simples, ainda houver, do ponto de vista pessoal, a habilidade de enxergar dentro de si, as forças e próprias qualidades, utilizando esses elementos como os recursos mais valiosos e importantes para se recuperar a autonomia e a força para recomeçar e reconstruir aquilo que foi perdido afetiva ou materialmente, o processo de resiliência torna-se um caminho menos penoso e a experiência, uma lembrança de superação e fortalecimento pessoal.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 


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