O assédio moral na pós-graduação, especialmente praticado por professores ou orientadores durante o mestrado e doutorado, é uma realidade silenciada em muitas instituições de ensino. Ele pode se manifestar por meio de humilhações públicas, críticas destrutivas, desvalorização constante do trabalho, exigências abusivas, manipulação emocional, ameaças de reprovação, isolamento e até retaliações veladas. Esses comportamentos abusivos, muitas vezes naturalizados no meio acadêmico, geram um ambiente tóxico e profundamente prejudicial à saúde mental dos estudantes.
As consequências psicológicas do assédio na pós-graduação incluem ansiedade, depressão, síndrome do impostor, insônia, crises de pânico e até abandono do curso. Além disso, o vínculo de poder entre orientador e orientando dificulta denúncias e mantém muitos pós-graduandos em ciclos de sofrimento silencioso, com medo de represálias ou prejuízos à carreira acadêmica.
É essencial que vítimas de assédio acadêmico recebam acolhimento psicológico e apoio institucional. A psicoterapia para pós-graduandos é um espaço seguro para ressignificar experiências, recuperar a autoestima, desenvolver estratégias de enfrentamento e restaurar o bem-estar emocional. Ter a coragem de pedir por mudanças e trocas de orientador também pode ser necessário para a sua saúde mental e para não comprometer a sua pesquisa.
Não pense em desistir antes de buscar outras soluções. Se você está passando por situações abusivas no ambiente acadêmico, agende uma consulta psicológica. Você não está sozinho — é possível reconstruir sua trajetória com dignidade, saúde mental e autonomia.
Por: Sálua Omais
0 comentários:
Postar um comentário