quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

DOR CRÔNICA E EQUILÍBRIO EMOCIONAL – COMO LIDAR COM A DOR E A DOENÇA DE FORMA MAIS EQUILIBRADA


DOR CRÔNICA E EQUILÍBRIO EMOCIONAL – COMO LIDAR COM A DOR E A DOENÇA DE FORMA MAIS EQUILIBRADA 

A dor crônica é uma realidade que afeta não apenas o indivíduo, como todo o seu círculo social, um sofrimento físico e mental que impacta todos aqueles ao seu redor, principalmente os membros da família. Viver com alguém que sofre dor crônica é altamente desgastante, levando os próprios cuidadores a passar pelo sofrimento físico e emocional. 

O custo da dor crônica não afeta apenas o lado físico ou psíquico, mas tem um impacto econômico sobre a família e toda a sociedade, tendo em vista a ausência frequente no trabalho, tanto da parte do paciente quanto do cuidador, redução na produtividade, dificuldades acadêmicas no caso de estudantes, custos em virtude dos cuidados de saúde, entre outros. A dor também torna a pessoa muito mais sensível psicologicamente, mais vulnerável. Pensamentos negativos, humor negativo, e até tentativas de suicídio podem ocorrer com mais frequência em pacientes com dor crônica do que na população em geral. 

Mas não é apenas a dor física em si que causa o sofrimento, mas a maneira como os pacientes sofrem com a dor em sua própria mente também, os pensamentos gerados em razão da dor e da doença podem ser uma grande diferença na maneira como uma pessoa vai enfrentar e lidar com aquela situação. A chamada “catastrofização” da dor, situação em que a pessoa só pensa o que de pior pode acontecer com ela e fazer o problema parecer muito maior do ele que realmente é, já é considerado um fator de risco para o resultado do tratamento médico, influenciando até mesmo na gravidade da dor. Ao invés de perceber a dor "como ela é", os "catastróficos " ficam imaginando todos os tipos de cenários horríveis que podem resultar daquela dor. Essa maneira de pensar equivale a uma profecia autorrealizável, uma vez que os catastróficos baseados na dor se acham mais doloridos, incapacitados e angustiados do que outras pessoas que estão passando pela mesma situação. 


O cérebro humano é naturalmente programado para usar emoções negativas, como o medo por exemplo, para nos proteger de riscos e ameaças. No entanto, a intenção é que essa defesa seja usada por um período curto, e, por isso, o corpo humano não está preparado para resistir por muito tempo aos efeitos que essas emoções negativas causam biologicamente quando a pessoa as mantém por muito tempo. É algo improdutivo permitir que pensamentos catastróficos invadam a nossa mente diante de momentos difíceis. O mais sensato é a aceitação, a busca do melhor que se pode fazer naquele determinado momento com os recursos e tratamentos disponíveis, ao invés de se apelar ao desespero, à negação, e à reclamação. As pessoas devem ser treinadas a desenvolver a resiliência, bem como compreender e aceitar fatos que estão fora do seu controle, pensando de forma mais funcional e aprendendo a discernir o real do imaginário, afim de criar uma perspectiva mais positiva do que pode acontecer no futuro.


Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA) e autora do Manual de Psicologia Positiva (Ed. Qualitymark/2018)



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