quarta-feira, 22 de maio de 2019

EMPATIA E SEUS DESAFIOS

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Uma das palavras mais faladas no momento: empatia. Dificuldades de relacionamento, de perceber o ponto de vista ou de compreender as emoções e dificuldades do outro, num mundo cada vez mais isolado socialmente, tem sido um dos maiores desafios da atualidade. 

Empatia é a capacidade de perceber e compreender e os pensamentos ou sentimentos de outro, conhecendo sua perspectiva. Mas isso não é tão simples quanto parece, pois possui várias dimensões. Na Psicologia fala-se sobre três tipos de empatia: cognitiva, emocional e compassiva. Empatia cognitiva, que é a capacidade de entender como uma pessoa se sente e o que ela pode estar pensando, estar curioso em compreender os fatos pelas lentes do outro, ao invés de já tirar nossas próprias conclusões ou nossos instintos. Empatia emocional ou afetiva é a capacidade de ouvir atentamente e compreender os sentimentos e a dor do outro, tentando entender como e por que a pessoa se sente assim, sem julgamentos. A empatia compassiva ou preocupação empática, vai além de simplesmente entender o outro, mas também nos mobiliza a fazer algo e ajudar da maneira que pudermos. 

E aí vem a pergunta que não quer calar: por que a empatia é algo tão difícil de ser praticada? Durante a infância, apesar de estar voltada para seu mundo interno, e suas próprias necessidades, a criança manifesta alguns sinais de empatia perante as outras. A socialização e as práticas de habilidades socio-emocionais, fazem com que ela internalize essas atitudes, ajudando-a a olhar o outro com mais ou menos empatia.
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No entanto, falhas na educação socio-emocional por meio dos adultos, bem como a própria carência afetiva de muitas crianças, faz com que na idade adulta, essa habilidade seja ainda mais rara. Mas com a prática, esse déficit pode ser revertido. O que acontece é que muitos não estão motivados para mostrar empatia, e quando estão, isso não é fácil, seja pela falta de paciência, de tempo, ou por outras razões. No entanto, sem o uso da empatia, nossos relacionamentos, sejam quais forem, se deterioram. Ficar obcecado pelas falhas alheias, cria um impasse mental e emocional onde problemas não são resolvidos e acabam se agravando. 

Geralmente esperamos a iniciativa do outro em se sensibilizar conosco, porém nem sempre isso acontece. E é aí que está o segredo: tomar a iniciativa de mostrar empatia pode quebrar o ciclo, pois quando uma pessoa se sente compreendida, é mais provável que ela retribua o esforço ao outro, resultando em um relacionamento de confiança em que ambas as partes são motivadas a dar o seu melhor. Nosso estado de humor também influencia nossa capacidade de empatizar. Sob estresse, as pessoas se comportam de uma maneira muito diferente de quando estão tranquilas e bem humoradas, e isso afeta diretamente a forma como vemos o outro, ou a nossa disposição em ajudar, por isso a tendência da Ciência em investir cada vez mais em estudos ligados ao bem-estar, afim um impacto social mais positivos.

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A empatia exige que saibamos que o outro pode estar lidando com fatores dos quais não temos conhecimento. Isso quer dizer que não existem respostas prontas, quando o que está em jogo é o sentimento alheio. A forma como seres humanos pensam e sentem são muito diferentes, e pode ser influenciada por vários elementos, por isso, nem sempre o que funciona para nós, funciona para o outro. A empatia é um elemento fundamental em qualquer tipo de ambiente, seja no relacionamento de pais e filhos, casais, amigos, colegas de trabalho, líderes e liderados, e também, entre estranhos, já que, não é necessário ter vínculos afetivos ou sociais para se utilizar a empatia. Basta apenas um requisito: ser humano.

Sálua Omais é psicóloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tendo sido a 1º profissional a implantar, no estado de Mato Grosso do Sul, a disciplina de Felicidade & Inteligência Emocional como parte da grade acadêmicaPossui Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva pela European Positive Psychology Academy, Educadora Certificada pela Positive Discipline Association (USA), Trainer em Neurossemântica e Programação Neurolinguística pela International Society of Neurossemantics (USA). É autora dos livros "Jogos de Azar" (Ed. Juruá/2008) e "Manual de Psicologia Positiva" (Ed. Qualitymark/2018). 



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